DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Teia

Texto de Manuela Moura Guedes hoje publicado no "Correio da Manhã".

"Só ficou espantado e indignado com as nomeações do Governo quem ainda acredita nas virtudes deste sistema partidário e eleitoral. Confesso que houve uma altura em que, perante o que se tinha passado na era socrática, pensei que era possível, de facto, uma mudança de comportamento político.

Mas, passado meio ano, voltei à conclusão de que está tudo montado para vivermos numa teia de interesses que liga o poder aos partidos e a grupos económicos e que se ramifica por todas as áreas da sociedade, da Justiça à Comunicação Social.

O número de nomeações feitas até agora não assusta, aliás, porque o PS enxameou de tal forma a Administração Pública e cargos afins com os chamados boys inúteis que uma limpeza era necessária. O critério para a escolha de muitos dos novos nomes é que é assustador.

O que terá feito nomear para a COMPETE, o programa que dispõe de 5500 milhões de euros para incentivos às empresas, um dos administradores da sociedade (SLN) que controlava o BPN e que não avisou o Banco de Portugal quando encontrou fraudes e prejuízos ocultos? Ao contrário, na altura, aprovou as contas. Franquelim Alves é social-democrata, o que seria apenas um pormenor se não tivesse esta mancha gigantesca do BPN no seu currículo.

Que garantias dá de gerir e distribuir bem os milhares de milhões de euros públicos do COMPETE? Com a falta de dinheiro que há, facilmente se percebe a importância desta nomeação. Isto é poder real.

Sabe-se como o anterior Governo, com as escolhas para lugares na Banca, condicionava os empréstimos e as suas condições... A impressão de "déjà vu" acentua-se, apenas muda nas condições, impostas por quem nos fez o empréstimo, de reduzir o peso do Estado na economia. E, de facto, todos nós já o sentimos, na parte que correspondia ao dinheiro dos impostos aplicado em bem-estar social. De resto, os interesses "reais" do País continuam a sobrepor-se e a tentar novas formas de organização que encaixem nas privatizações e num Estado menor.

Está para lá do alcance da troika pôr fim a esta teia que estende a partidarização à decisão política. Só mesmo os portugueses o poderiam fazer, se não fossem eles próprios adeptos do clientelismo, da cunha e do favor. "

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