DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Censura ao regime

Rafael Barbosa, jornalista, publica hoje um interessante artigo de opinião no "Jornal de Noticias":

Moção de censura

"O país não precisa de uma moção de censura ao Governo. Do que o país precisa é de uma moção de censura ao regime.

1. O partido no poder precisava de ajuda nas eleições. Os "boys" resolveram o problema: um contrato de 750 mil euros com Luís Figo, que, como contrapartida, deu uma entrevista laudatória num jornal e tomou um pequeno-almoço em vésperas de eleições. Acrescento apenas que, apesar da ausência de aspas, esta acusação não é minha. Nem sequer de algum lunático de um qualquer partido dos extremos. Menos ainda de algum dirigente do partido alternativo do centro. Quem isto afirmou, assim, preto no branco, foi uma juíza de instrução criminal. Já sabemos que todos os réus são inocentes enquanto não forem condenados, deixemos os Thomati, os Soares e os Silva em paz até ao julgamento. A questão é outra: isto não incomoda nem um bocadinho o senhor que tomou o pequeno-almoço com Figo?

2. Oliveira e Costa é um génio dos mercados. Num dia conseguiu um lucro de 9 milhões de euros a comprar e a vender acções da Sociedade Lusa de Negócios, a "holding" que detinha o BPN. Foi assim: comprou sete milhões de acções da SLN a um euro cada uma e recebeu, umas horas depois, 16 milhões de euros pelas mesmíssimas acções, compradas por uma sociedade "off-shore" da SLN. Observando esta operação, também conhecida por moscambilha, percebe-se que afinal Cavaco Silva ficou a ganhar quando decidiu também ele vender as acções que comprou a um euro. Conseguiu mais 20 cêntimos por acção que Oliveira e Costa.

3. Sucedem-se as notícias sobre os efeitos da crise em 2010. Uma delas diz que os quatro maiores bancos conseguiram manter o patamar de lucros: os mesmo 1400 milhões de euros que já tinham somado em 2009. Mas os nossos banqueiros conseguiram também pagar menos impostos: uma poupança de 168 milhões. Rima na perfeição com a austeridade que o regime impôs a quase todos os outros, cidadãos ou empresas: mais impostos e menos dinheiro no bolso ou em caixa.

4. O país não precisa de uma moção de censura ao Governo. Do que o país precisa é de uma moção de censura ao regime. De que nos serve sermos chamados a eleições, votar, eventualmente mudar o partido no Governo, para que tudo fique na mesma? Só vale a pena mudar, se for para mudar de vida. Para acabar com a corrupção disfarçada de marketing político. Para acabar com a corrupção disfarçada de negócios sofisticados com palavras caras. Para acabar com o clientelismo que mantém os mesmos incompetentes, durante anos, à frente de empresas públicas. Para acabar com as transferências de membros de um qualquer Governo directamente para bancos e para empresas de construção civil. Para acabar com o sufoco fiscal a que são submetidos os portugueses que trabalham e as empresas que produzem, para que algumas elites da capital vivam à conta do Estado. Se não for para mudar tudo isso, e provavelmente não será, de que nos serve uma moção de censura?"

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