DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Tea Party à portuguesa

Texto de Pedro Marques Lopes hoje publicado no "Diário de Noticias".

Há quem tenha ficado muito revoltado, chocado até, com a posição assumida pelo secretário de Estado da Integração Europeia, Bruno Maçães, numa mesa redonda sobre "governância económica e crise europeia", em Atenas. Em termos muito simples, este cavalheiro, representando o Estado português, mostrou total alinhamento com as posições alemães e contra qualquer tipo de iniciativa, dos países mais afectados pela crise, para encontrar uma alternativa. Mais tarde, quando acusado de ser mais troikista que a troika, mais alemão que os alemães e fanático da velocidade do ajustamento, veio para uma rede social orgulhar-se de assim ser tratado.

Ora, eu acho que o ex-autor de discursos de Passos Coelho merece ser elogiado. Não pelas posições expressas, mas pela maneira clara e desassombrada como exprimiu a posição do Governo português e as convicções políticas e ideológicas de quem nos governa.

Bruno Maçães, um dos principais ideólogos do primeiro-ministro, fez cair todas as máscaras. Não é que já não suspeitássemos, mas agora ficou absolutamente claro que o Governo não negoceia com a troika. Ou melhor, negoceia mas dentro do espírito "tu dizes mata, e eu esfola". Hoje, estes liberais de badana devem estar a esconjurar Gaspar, esse traidor que não percebeu o sentido da História.
Espero que agora não exista mais discussão sobre o porquê do Governo ter aplicado o dobro da austeridade contratada no memorando. Nem sobre se o primeiro-ministro queria dizer outra coisa quando afirmou que este seria sempre o seu programa, mesmo sem memorando. Ficou cristalino que aquilo de ir para além da troika não foi um "erro de comunicação". Era mesmo assim. E às tantas até foi escrito pelo Maçães.

Afinal não se pediu nada. Nem mais prazo, nem menos esforços para a classe média, nem para ninguém: é preciso esmagar. "Drill, baby, drill": o Maçães é capaz de ter aproveitado este slogan desse movimento que tanto admira, o Tea Party americano - é um confesso admirador e apoiante de Sarah Pallin -, e sugerido aos nossos credores que o adaptassem aos portugueses: "Perfurem, rapazes, perfurem, que os meus concidadãos ainda não estão secos."

Como é do conhecimento de quem frequenta este espaço, não tenho dúvida nenhuma de que o caminho prosseguido pela Europa e caninamente seguido pelo Governo português está a levar a própria Europa, e ainda mais rapidamente Portugal, para uma situação que terminará em desagregação económica, social e, finalmente, política. Que no fim deste "reajustamento", não vai haver nada para reajustar: nem empresas, nem emprego, nem nada. Que o nosso incipiente Estado social se tornará uma gigantesca sopa de pobres. Que o fim acelerado da classe média destruirá a democracia.

É, no entanto, esse o fim do caminho que Passos Coelho, Maçães e camaradas defendem. Na perspectiva deles, o País estará muito melhor depois de tudo isso acontecer. Pensarão, com certeza, que a democracia - uma democracia sem classe média e em que a liberdade económica será tudo e as outras liberdades pouco ou nada - se aguentará. A vida vista desde um gabinete na faculdade, rodeado de grandes idealistas que nunca conheceram uma empresa, uma exploração agrícola, uma fábrica, um hospital, uma escola pública, uma família pobre ou sequer de classe média deve ser um mundo fantástico. Onde se mexe na folha de cálculo, se tira dali e põe acolá, e tudo bate certo. Onde se pensa que a liberdade pode existir sem igualdade e a igualdade é um conceito comunista.

E o serviço nacional de saúde, a educação pública ou o salário mínimo instrumentos limitadores da liberdade individual. Um mundo dividido entre fortes e fracos, vencedores e derrotados, empreendedores e funcionários, velhos e novos, ricos e pobres.

Muito se podia rir a esquerda, se não tivesse em grande parte também entregue a patetas parecidos com estes. Gente que pensa que os direitos crescem nas árvores e que o dinheiro é uma coisa que se produz numa máquina. Visionários que dão como garantido que não há altos e baixos na vida da comunidade e que os filhos ficarão sempre melhor que os pais. Tipos que julgam que as dívidas são uns papéis sem valor. Lunáticos que acham que o Estado social é um dado adquirido e que não exige um constante esforço de adaptação aos tempos, às condições económicas e à realidade social.

Neste momento estamos nas mãos do Tea Party à portuguesa e de indivíduos como o Bruno "Pallin" Maçães. Os irmãos americanos destes inconscientes estão a destruir o Partido Republicano e a direita americana. Estes estão apenas a destruir a direita e o centro-direita português - sob o olhar de quem apenas critica pela calada e espera pela "melhor oportunidade" para os parar.

Nos Estados Unidos, esta gente não conseguiu levar os seus planos para a frente. Tinha de nos calhar a nós, desgraçados portugueses, sermos o laboratório deste bando de loucos furiosos.

 Alguns comentários de leitores:

Democracia é o vale tudo?
Um pequeno pormenor: Passos Coelho não disse que era este o seu programa eleitoral. Eu sei, porque o li antes das eleições. Ora, as pessoas votam com base nos programas com que os partidos se apresentam. Por isso, pergunto que legitimidade têm um governo e um primeiro-ministro que foram eleitos com base na mentira? Que legitimidade para governar têm os políticos que depois governam contra os seus próprios programas? Democracia é o vale tudo?

José Luiz ...
"Eles" não querem a democracia. Querem acabar com os Estados soberanos e pôr em seu lugar corporações soberanas. Sem soberania nacional não pode haver, é claro, soberania popular; e sem soberania popular não pode haver democracia. Mas não faz mal, trata-se apenas de baixas colaterais na guerra mundial movida pelas "pessoas" corporativas contra as pessoas naturais como nós.

Corruptos e Sabujos!
Na mouche .... com a escumalha coelhista vamos de mal a pior enquanto os mais ricos duplicam a sua fortuna com a "austeridade" os portuguese empobrecem , são obrigados a emigrar e morrem na miséria!

tugatuga
Pessoal isto só lá vai quando aparecerem mais Costas e Buiças, com a coragem suficiente para abater estes malandros que nos estão a governar.Não vai de outra maneira,não tenham dúvidas.E tem de ser bem depressa senão, nada sobrará para os mais carentes e necessitados.

Salvador
Só posso subscrever e aplaudir. "Tea Party português" é a designação mais apropriada para o partido de Passos & Cia.

V
Infelizmente é tudo verdade , o que diz ..somos governados por uns tontos e a alternativa é pouco melhor..custa-me a acreditar que em Portugal só exista esta fraca gente ...

a.gaspar
Completamente de acordo! O problema é que, como diz, as alternativas não são melhores que o que temos. E assim vai Portugal, caminhando a Passos largos e abrindo Portas para um funeral Seguro.

De 93% para 131,7% do PI
Quando Cuelho abocanhou o poder a dívida soberana do governo era de 93% do PIB .... hoje, dois anos meio depois e apesar da brutal "austeridade" de cortes cegos a dívida soberana do governo subiu para 131,7% do PIB . ... Terá aumentado em 50 mil milhões de euros ! .... Resultado de Duplicar, acefalamente, a "austeridade" ....

Eu cá para mim
Não sei se é por fanatismo ideológico se por subserviência a interesses estrangeiros se por interesses pessoais. Sei que quase que já destruíram Portugal. Sei que já venderam ao desbarato o pouco que ainda havia para vender. Sei que já puseram quase um Povo inteiro na miséria. Para mim não passam de uma cambada de traidores à Pátria e não têm qualquer desculpa por serem imbecis, corruptos e parasitas. Por menos foi enforcado, injustamente, em Oeiras o General Gomes Freire de Andrade.

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