Texto de Armando Esteves Pereira (Director-Adjunto), hoje publicado no Correio da Manhã.
"Quando o Estado aplica um novo imposto a que chama extraordinário há o perigo de essa carga se tornar simplesmente habitual, ordinária.
A nova sobretaxa de IRS equivalente a metade de metade do subsídio de Natal, com dedução dos 485 euros de salário mínimo, é apenas mais uma manobra para encaixar mais dinheiro para um Estado à beira da bancarrota, com empresas públicas deficitárias e que têm escapado ao controlo do ministro das Finanças, a que há a acrescentar as ruinosas parcerias público-privadas, que mais do que casos de engenharia financeira deveriam ser investigadas como casos de polícia.
A taxa sobre o IRS, como seria a subida do IVA, é uma forma eficaz de arranjar receita à força. É injusta, porque recai sempre sobre os mesmos, os suspeitos do costume: a classe média, os trabalhadores por conta de outrem e os reformados que ganham mais do que o salário mínimo. Os verdadeiramente ricos escapam com emigração de rendimentos para offshores. Aliás, para a generalidade da classe média, metade do subsídio de Natal em IRS é apenas mais uma fatia que o Fisco leva. O corte nas deduções fiscais significa para a maior parte das famílias que estão no limiar acima da pobreza que o subsídio de férias também será entregue ao Fisco. Quem recebeu nas últimas semanas o cheque do Fisco com o acerto de contas do IRS é aconselhável fazer uma festa . Esse cheque pode ter sido o último."
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Os suspeitos do costume pagam
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