DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 13 de agosto de 2011

À luz das velas

Texto de José Eduardo Moniz hoje publicado no "Correio da Manhã"

Não imagino coisa pior do que um violento murro no estômago ao acordar. Ainda por cima quando isso acontece na altura em que o fim-de-semana bate à porta, prometendo sol e praia para suavizar todas as lesões que os portugueses vêm sofrendo no bolso.

A manhã de ontem foi negra para os consumidores, com o anúncio de que o IVA para a electricidade e o gás natural sobe de 6 para 23 por cento. Uma subida "colossal", para utilizar este termo tão caro ao primeiro-ministro. Não quero embarcar no coro dos que criticam por hábito mas é óbvio que algo há aqui de errado.

É mais fácil atacar os problemas pelo lado da receita, e este Governo, quando se esperava que rompesse com as práticas de José Sócrates e Teixeira Santos, segue pelo mesmo caminho, contrariando compromissos expressos no período pré-eleitoral. Passos Coelho sublinhou, inúmeras vezes, que iria reequilibrar as contas públicas atacando as gorduras do Estado.

Até agora isso não aconteceu. Não se percebe a demora. Ou os cálculos feitos antes da chegada ao Poder estavam desfasados da rea-lidade, ou os buracos encontrados são muito maiores do que era suposto. Em qualquer caso, não se admite que o Estado permaneça incólume às poupanças, em contraste com a facilidade com que se pratica tiro ao alvo com o bolso dos cidadãos. A electricidade e o gás são bens elementares de que ninguém se pode privar, o que confere dimensão ainda mais brutal ao impacto da decisão.

O Governo precisa de esclarecer o que o inibe. Se deparou com mais défices do que os que se previa, deve dizer quais são e onde estão. Na Saúde? Na Educação? Nos Transportes? Onde se escondem e porquê? Não explicar nada, alegando não pretender justificar-se com erros de outros no passado, não chega. Os parabéns da UE e do FMI, por Portugal cumprir os objectivos, de nada valem e assumem sabor amargo se a injustiça e a desproporcionalidade forem os sentimentos que os portugueses alimentam como contrapartida, percebendo-se alvo de resoluções pouco equilibradas e ainda menos equitativas. Antes de aumentar o IVA, o Governo deveria submeter implacavelmente o Estado à cura de emagrecimento que se sabe imprescindível. Não se entende o que o condiciona nem o que o tolhe.

A continuar-se assim, a recessão ganhará contornos que nos atirarão para o fosso durante muitos anos. De nada servirá sermos bons e obedientes alunos aos olhos da Europa se as reformas de fundo que conduzam ao relançamento económico não surgirem rapidamente. Além da tanga, passaremos a estar reduzidos à luz das velas e ao calor das braseiras…

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