O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 aponta Portugal como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos.
Será isto surpresa para qualquer português?
Há dois tipos de portugueses e ambos estão bem cientes desta triste realidade.
De um lado, os 5% que se aproveitam da situação, os dirigentes, militantes e clientelas politico-partidárias que, em conjunto com os detentores do poder económico, delapidam a riqueza nacional enchendo os bolso à custa do orçamento.
Do outro, os 95% que sobrevivem como podem. Os que, quando têm emprego, trabalham para pagar impostos e para pagar os empréstimos bancários. Os que, não tendo emprego, fazem o que podem para não morrer à fome com as “esmolas” que a Segurança Social. Os pensionistas e idosos com reformas miseráveis que vão morrendo por falta de medicamentos e de cuidados médicos adequados. Os jovens que, por falta de oportunidades, se vêm obrigados a emigrar à procura de condições de vida decente.
A verdade é que tudo em Portugal está errado a começar pelo sistema de democracia representativa partidária.
Passando os olhos pela nossa história recente, depois do 25 de Abril, começamos por ver uma tentativa de tomada do poder pelo partido comunista que, felizmente, foi contrariada.
Seguiu-se a entrada na“social-democracia” e na Europa, primeiro com o PS de Mário Soares e depois com o PSD de Cavaco Silva. Este, para se afirmar como “bom aluno” da Comissão Europeia, destruiu a produção nacional em troco de uns quantos subsídios e compensações que, naturalmente, distribuiu pelos seus correlegionários.
Em 1995 o PS voltou ao poder e governou tão bem ou tão mal que foi o próprio Primeiro-ministro, António Guterres, a reconhecer ser incapaz de governar e fugir que nem um rato a abandonar um navio que se afunda.
Mais um pouco de balbúrdia, PSD e CDS-PP com uma breve passagem pelo governo, com mais um Primeiro-Ministro a desertar, Durão Barroso, este para ocupar o “alto e prestigiado” cargo de presidente da Comissão Europeia.
Fazendo aqui um à parte, não deixa de ser curioso olhar para os cargos que estes três brilhantes políticos desempenham actualmente. Guterrez é o alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados e Cavaco Silva, o principal responsável pela destruição da economia portuguesa, é … pasme-se, Presidente da Republica.
Continuando o devaneio histórico, chegamos à actualidade, um novo governo de maioria absoluta do Partido Socialista liderado pelo “brilhante” José Sócrates.
Será necessário dizer mais alguma coisa sobre este “iluminado”?
Mais uma vez os portugueses dividem-se em dois grupos.
De um lado os que o apoiam e enchem os bolsos com a sua desastrosa governação e, do outro, os que sofrem na pele os atropelos da sua injusta politica, economicista e liberal, que apenas vê os cifrões (ou €) à frente dos olhos.
Para os últimos voltou a haver miséria e fome em Portugal e não é a propaganda governamental que consegue esconder a triste realidade.
Portugal está a um passo da ruína e a esperança está agora nas eleições de 2009, pela forte possibilidade do PS perder a maioria absoluta e não poder então cometer mais atropelos e atentados aos direitos dos cidadãos.
Desiludam-se os que pensam que votar no PSD ou noutro qualquer partido será diferente já que, na verdade, será apenas mais um caso de “mudar as moscas”.
Para que tudo mude é necessário que o povo se levante e mostre, de uma vez por todas, que está farto dos partidos políticos e da corrupção e compadrio partidários.
Nas eleições em 2009 há que escrever NENHUM, em letras garrafais, nos boletins de voto.
O peso relativo desta acção é bastante superior à da simples abstenção já que mostra que alguém se deu ao trabalho de ir votar e optou por dizer que não quer nenhum dos partidos em contenda. Sendo poucos, serão desprezados mas, sendo milhões, por certo que alguma coisa irá mudar.
Nas próximas eleições vote NENHUM.
www.nenhum.org
De uma forma geral concordo com os dizeres do texto , mas cheira-me a um Salazarista de sácristia.A solução apresentada não leva a lado nenhum. O Sebastianismo só existe no imaginário dos Portugueses.Pergunto qual tem sido o papel da Justiça desde o 25 de Abril?
ResponderEliminarPelo contrário, caro gafanhão. Nem Salazarista, muito menos de sacristia. Nem sequer advogo qualquer D Sebastião, bem pelo contrário. Não acredito em iluminados para governar o País.
ResponderEliminarMas que é preciso mudar ... isso não restam duvidas!
Caro nenhum.org, não quero cometer uma falácia, mas penso que os brancos têm mais peso do que os nulos...
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