Campos e Cunha, a primeira escolha de José Sócrates para Ministro das Finanças e que depois lhe bateu com a porta, deu uma entrevista ao Expresso em que critica o anunciado abaixamento do IVA porque pode pôr em causa o défice que Bruxelas quer abaixo dos 3%.
Convenhamos que esta declaração não abona muito em favor do seu autor mas, o que ele também disse nessa entrevista e que é muito mais importante, é que o governo deveria abandonar o projecto TGV.
Trata-se, com efeito, de um projecto megalómano, carissimo e cujo rentabilidade é muito duvidosa.
Logo à partida a "alta velocidade" fica comprometida pelo numero de estações intermédias que o projecto prevê entre Lisboa e Porto já que os combóios não têm tempo para desenvolver o potencial entre estações.
Em segundo lugar, com ligações aéreas tão frequentes e a auto estrada tão concorrida, onde é que vão buscar os "milhôes" de passageiros por ano que publicitam?
É discutivel mas aceitável a ligação à alta velocidade espanhola, já que proporciona uma alternativa nas ligações a Madrid e daí para a Europa mas, em relação ao Porto ... deixem-se disso e usem o dinheiro para cuidar dos cidadãos.
Assim sendo impôe-se a pergunta:
Porque insiste José Sócrates neste projecto?
Porque este incompetente Primeiro-Ministro afirma que a politica do betão vai relançar a débil economia nacional, criando trabalho e emprego e, com isso, mais riqueza.
A unica parte em que ele acerta é na criação de riqueza mas, o que ele não diz, é que é só para alguns, para as grandes construtoras como a Mota Engil, agora presidida pelo seu amigo socialista Jorge Coelho.
Basta andar pelo País para qualquer de nós verificar o que significa esta politica de betão e um bom exemplo é a nova ponte do Carregado e o grande conjunto de estradas e viadutos que lhe estão associados.
Foi esta obra assim tão necessária?
A sua utilidade justifica-se?
Ao conduzir pela ponte fica-se com a sensação de desperdicio já que apenas se encontra um ou outro veiculo e isto em ambos os sentidos.
Está na altura do povo se erguer e dizer BASTA à incompetência, compadrio e corrupção.
Nas próximas eleições vote NENHUM!
domingo, 18 de maio de 2008
Economia do betão
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