Na Antiga Roma, para a satisfação do povo romano, os Imperadores providenciavam que nunca faltasse pão e circo.
Nos dias que correm o circo foi substituído pelo futebol e os governos de todo o mundo gastam rios de dinheiro a promovê-lo e a manter aceso o interesse das populações.
Neste aspecto os governos portugueses das últimas décadas não fugiram à regra.
Veja-se, por exemplo, o caso do Euro 2004. À custa de milhões e milhões de contos retirados do orçamento (ou seja, dos nossos impostos) construíram-se estádios por todo o País, alguns dos quais estão fechados por os clubes e câmaras municipais não terem condições financeiras para o seu funcionamento.
Hoje em dia, para fazer esquecer a grave situação económica, o acentuado aumento do desemprego, a corrupção generalizada, o futuro incerto no sector da saúde e das más notícias quase diárias sobre aumentos de combustíveis, o governo quer os portugueses apenas preocupados com o futuro da selecção nacional de futebol.
Alienados pelo sonho de uma vitória no Euro 2008 os portugueses vão esquecer os seus reais problemas durante as próximas semanas.
Os meios de comunicação social, com especial destaque para a rádio e televisão, alimentam até à exaustão, o mito da possibilidade da vitória portuguesa deixando para segundo ou terceiro plano as verdadeiras questões sobre o que vai mal em Portugal.
È verdade que a todos compete apoiar a selecção nacional mas não é por essa razão que vamos esquecer o que a corja partidária está a fazer à economia nacional.
A luta pela presidência do PSD está ao rubro com os candidatos a lançarem algumas (fracas) ideias para as televisões mas, o que realmente importa, anular as leis aberrantes criadas por Sócrates e pela carneirada socialista que o apoio, isso ainda nenhum disse.
Já não há pachorra para esta fantochada.
Está na altura do povo se erguer e lutar pelos seus direitos. A manifestação de sábado passado no Porto contra a introdução de portagens nas scuds é um bom exemplo do que há a fazer.
Preocupado agora em ganhar as próximas eleições, Sócrates só entende a força dos números e só à força recua nas gravosas medidas que pretende impor.
Há que continuar a luta e, nas próximas eleições, votar NENHUM.
www.nenhum.org
domingo, 25 de maio de 2008
Pão e futebol
sábado, 24 de maio de 2008
Novas Versalhes
Enquanto assistia à exibição do filme “Marie Antoinette” na televisão não pude deixar de pensar que todo aquele luxo, a ostentação, a decadência e o deboche marcantes no dia a dia no palácio de Versalhes no tempo de Luis XVI tinha, forçosamente, de ter um fim triste com sabemos que veio a acontecer com a revolução francesa.
Mas ao longo do filme comecei a fazer associações com a sociedade actual e, ao fim e ao cabo, parece que nada mudou.
É claro que já não estamos, pelo menos em Portugal, na época do “sou Rei pela graça de Deus” mas o facto é que o “governo pelo voto do povo” está a ter os mesmo vícios e sinais de decadência.
Os dirigentes e militantes partidários comportam-se como os novos aristocratas, a nova nobreza a quem tudo é permitido e que se coloca a si própria acima da lei, criando os diplomas que dão cobertura aos atropelos e abusos diariamente cometidos.
Ontem o PSD “A”, hoje o PS “B”, amanhã pode tocar-me a mim. É este, infelizmente, o pensamento dos “ilustres” deputados quando aprovam as leis mais aberrantes, as tais que despenalizam aquilo que toda a gente não hesita em classificar de imoral.
Um exemplo?
Lembram-se de quando a direcção do PS foi apanhada no escândalo da pedofilia infantil, o tal processo “Casa Pia” que se arrasta há anos e que não vai levar a nada?
Quando chegou ao poder absoluto, o Partido Socialista tratou logo de aprovar uma lei que reduz o número de crimes cometidos pelos pedófilos.
Se um destes “príncipes” da sociedade abusar várias vezes da mesma criança comete agora, imagine-se, “apenas” um crime.
Quando antes cada acto era considerado um crime isolado, transformou o PS tudo num único crime.
Há alguma dúvida sobre quem beneficia com esta mudança na lei?
Um outro caso recente destes admiráveis democratas tem a ver com a contratação do porta-voz do partido, Vitalino Canas, para provedor dos trabalhadores temporários.
Sabendo-se que foi contratado para o cargo pela associação das empresas de trabalho temporário, a oposição reclamou e lá conseguiu que o parlamento olhasse para a situação.
Veio agora a saber-se que a Comissão de Ética do Parlamento considera que não há incompatibilidades, embora seja recomendado ao deputado e porta-voz do PS que deve “declarar a existência de interesse particular sempre que estejam em causa matérias relacionadas com as atribuições e competências do provedor do trabalhador temporário e pedir escusa da sua discussão e votação”.
Será surpresa para alguém saber que o autor deste parecer, o deputado João Serrano, é também do Partido Socialista?
Mas, infelizmente, não é apenas a nível parlamentar que se observam atropelos e abusos de poder. Em maior ou menor escala os “pequenos poderes” tomam conta da sociedade e o cidadão comum não tem meios para o combater.
Um exemplo?
Quantos restaurantes conhece que tenham, à porta, placas de estacionamento proibido permitindo apenas a “tomada e largada de passageiros”?
Pois bem, existe um em Lisboa, a “Adega da Tia Matilde” no bairro Santos, conhecido por ser uma sucursal da sede do Benfica, onde o futebol se cruza, diariamente, com a política e o poder económico.
É curioso observar os grandes carros com motorista, à hora de almoço, à espera que os “Senhores” acabem o repasto com outros da sua laia, sabendo-se lá que manigâncias congeminaram durante a refeição.
O que se sabe é que este restaurante já tinha conseguido, há alguns anos, arranjar um espaço permanente para cargas e descargas em frente à sua porta de serviço quando a Câmara Municipal de Lisboa aí criou uma passadeira para peões, plantada bem no meio do passeio e que vai dar a um muro.
Com tantos clientes “importantes” não admira que o tráfego de influências tenha funcionado novamente, desta vez para facilitar a entrada e saída dos seus carros.
Num estado de pleno direito o autor do despacho camarário que criou esta aberração seria rapidamente levado à justiça por corrupção.
Voltando agora a Versalhes.
O palácio e jardins foram mandados construir pelos monarcas franceses que aí viviam com a sua corte em grande luxo e ostentação à custa dos impostos pagos pelo povo que, entretanto, enfrentava a miséria e fome.
Não temos nós vários exemplos de modernas Versalhes em Portugal?
Cavaco Silva edificou o Centro Cultural de Belém. António Guterres teve a Expo 98. José Sócrates prepara-se para edificar o novo aeroporto de Lisboa.
E o povo português no meio disto tudo?
Enfrenta a miséria e fome!
Não está na altura de Portugal ter a sua própria revolução?
Há que correr com a corja partidária, a cambada de parasitas que suga a riqueza nacional e que está a um passo de destruir o País.
Nas próximas eleições vote NENHUM.
Vá a www.nenhum.org e ajude a criar um Portugal melhor.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Portugal desigual
O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 aponta Portugal como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos.
Será isto surpresa para qualquer português?
Há dois tipos de portugueses e ambos estão bem cientes desta triste realidade.
De um lado, os 5% que se aproveitam da situação, os dirigentes, militantes e clientelas politico-partidárias que, em conjunto com os detentores do poder económico, delapidam a riqueza nacional enchendo os bolso à custa do orçamento.
Do outro, os 95% que sobrevivem como podem. Os que, quando têm emprego, trabalham para pagar impostos e para pagar os empréstimos bancários. Os que, não tendo emprego, fazem o que podem para não morrer à fome com as “esmolas” que a Segurança Social. Os pensionistas e idosos com reformas miseráveis que vão morrendo por falta de medicamentos e de cuidados médicos adequados. Os jovens que, por falta de oportunidades, se vêm obrigados a emigrar à procura de condições de vida decente.
A verdade é que tudo em Portugal está errado a começar pelo sistema de democracia representativa partidária.
Passando os olhos pela nossa história recente, depois do 25 de Abril, começamos por ver uma tentativa de tomada do poder pelo partido comunista que, felizmente, foi contrariada.
Seguiu-se a entrada na“social-democracia” e na Europa, primeiro com o PS de Mário Soares e depois com o PSD de Cavaco Silva. Este, para se afirmar como “bom aluno” da Comissão Europeia, destruiu a produção nacional em troco de uns quantos subsídios e compensações que, naturalmente, distribuiu pelos seus correlegionários.
Em 1995 o PS voltou ao poder e governou tão bem ou tão mal que foi o próprio Primeiro-ministro, António Guterres, a reconhecer ser incapaz de governar e fugir que nem um rato a abandonar um navio que se afunda.
Mais um pouco de balbúrdia, PSD e CDS-PP com uma breve passagem pelo governo, com mais um Primeiro-Ministro a desertar, Durão Barroso, este para ocupar o “alto e prestigiado” cargo de presidente da Comissão Europeia.
Fazendo aqui um à parte, não deixa de ser curioso olhar para os cargos que estes três brilhantes políticos desempenham actualmente. Guterrez é o alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados e Cavaco Silva, o principal responsável pela destruição da economia portuguesa, é … pasme-se, Presidente da Republica.
Continuando o devaneio histórico, chegamos à actualidade, um novo governo de maioria absoluta do Partido Socialista liderado pelo “brilhante” José Sócrates.
Será necessário dizer mais alguma coisa sobre este “iluminado”?
Mais uma vez os portugueses dividem-se em dois grupos.
De um lado os que o apoiam e enchem os bolsos com a sua desastrosa governação e, do outro, os que sofrem na pele os atropelos da sua injusta politica, economicista e liberal, que apenas vê os cifrões (ou €) à frente dos olhos.
Para os últimos voltou a haver miséria e fome em Portugal e não é a propaganda governamental que consegue esconder a triste realidade.
Portugal está a um passo da ruína e a esperança está agora nas eleições de 2009, pela forte possibilidade do PS perder a maioria absoluta e não poder então cometer mais atropelos e atentados aos direitos dos cidadãos.
Desiludam-se os que pensam que votar no PSD ou noutro qualquer partido será diferente já que, na verdade, será apenas mais um caso de “mudar as moscas”.
Para que tudo mude é necessário que o povo se levante e mostre, de uma vez por todas, que está farto dos partidos políticos e da corrupção e compadrio partidários.
Nas eleições em 2009 há que escrever NENHUM, em letras garrafais, nos boletins de voto.
O peso relativo desta acção é bastante superior à da simples abstenção já que mostra que alguém se deu ao trabalho de ir votar e optou por dizer que não quer nenhum dos partidos em contenda. Sendo poucos, serão desprezados mas, sendo milhões, por certo que alguma coisa irá mudar.
Nas próximas eleições vote NENHUM.
www.nenhum.org
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Myanmar e contadores de água
Duas noticias marcam hoje a actualidade.
A primeira diz que a junta militar que governa Myanmar aceitou, finalmente, a ajuda internacional mas sómente de paises asiáticos.
Quando são conhecidas as enormes carências sofridas pelas populações atingidas pela catástrofe, estes "senhores" impedem que o auxilio internacional corra em auxilio e, quando permitem alguma ajuda, estampam auto-colantes com a sua cara nos pacotes.
Lembro-me de uma situação também chocante que passou há uns tempos na televisão, desta vez na Coreia do Norte.
Organizações não governamentais promoveram cirurgias às cataratas às populações pobres daquele País.
O choque deve-se a ver os operados a agradecer não aos médicos ocidentais que realizaram as cirurgias mas sim aos seus "grande lideres"!
Até que ponto pode chegar a servidão humana?
Até que ponto é possivel manter populações inteiras escravizadas.
A segunda noticia é de âmbito nacional e diz que "Autarquias criam nova taxa para substituir cobrança do aluguer dos contadores".
Parece que em Dezembro do ano passado a Assembleia da Republica aprovou uma lei a proibir o aluguer dos contadores. Agora, para não perderem as receitas, aparecem as Câmaras Municipais com esta "taxa de disponibilidade".
Será que também, quais "grande lideres", podem fazer tudo o que quiserem e ainda esperam que os cidadãos lhes agradeçam a atenção?
Analisando estas duas noticias ficamos a pensar se a situação em Myanmar será assim tão diferente da portuguesa.
Temos um Primeiro-ministro que governa com arrogância e sobranceria, apoioado numa maioria socialista no parlamento que tudo aceita e a tudo diz que sim e numa máquina de propanganda que pretende esconder e disfarçar o óbvio.
A politica económica deste governo favorece os grandes grupos económicos causando miséria e sofrimento entre os cidadãos mais desfavorecidos.
Não são estes também exemplos de estarmos a viver numa ditadura?
Os favorecidos pela situação dirão que não, que estamos numa democracia plena, cheia de liberdade em que todos podem falar livremente.
São conhecidas as situações de perseguição a que vozes discordantes de Sócrates foram sujeitas. Quem não se lembra professor afastado na DREN por uma directora socialista?
Qualquer pessoa que não esteja cega e ofuscada pelo "poder" socialista consegue ver para além da propanganda e fazer juizos próprios do que se passa actualmente em Portugal.
Muito se fala na luta pela presidência do Psd, com os candidatos afirmando que têm melhores soluções para o País que as de Sócrates, que vão melhorar as condições do povo, etc, etc, etc.
Já algum disse que, se chegar ao governo, irá desfazer as leis promulgadas pela maioria socialista, nomeadamente as que tanto agravaram as condições de vida?
Ps e Psd são duas faces da mesma moeda e, para dizer a verdade, os outros partidos não são muito diferentes já que todos partem da mesma premissa de que os seus dirigentes tudo sabem e tudo podem no que toca a governar o País.
A democracia representativa partidária há muito que deixou de servir o interesse dos cidadãos passando a servir apenas os interesses dos seus dirigentes.
Está na altura do povo português se erguer e dizer BASTA!
Nas próximas eleições vote NENHUM.
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domingo, 18 de maio de 2008
Economia do betão
Campos e Cunha, a primeira escolha de José Sócrates para Ministro das Finanças e que depois lhe bateu com a porta, deu uma entrevista ao Expresso em que critica o anunciado abaixamento do IVA porque pode pôr em causa o défice que Bruxelas quer abaixo dos 3%.
Convenhamos que esta declaração não abona muito em favor do seu autor mas, o que ele também disse nessa entrevista e que é muito mais importante, é que o governo deveria abandonar o projecto TGV.
Trata-se, com efeito, de um projecto megalómano, carissimo e cujo rentabilidade é muito duvidosa.
Logo à partida a "alta velocidade" fica comprometida pelo numero de estações intermédias que o projecto prevê entre Lisboa e Porto já que os combóios não têm tempo para desenvolver o potencial entre estações.
Em segundo lugar, com ligações aéreas tão frequentes e a auto estrada tão concorrida, onde é que vão buscar os "milhôes" de passageiros por ano que publicitam?
É discutivel mas aceitável a ligação à alta velocidade espanhola, já que proporciona uma alternativa nas ligações a Madrid e daí para a Europa mas, em relação ao Porto ... deixem-se disso e usem o dinheiro para cuidar dos cidadãos.
Assim sendo impôe-se a pergunta:
Porque insiste José Sócrates neste projecto?
Porque este incompetente Primeiro-Ministro afirma que a politica do betão vai relançar a débil economia nacional, criando trabalho e emprego e, com isso, mais riqueza.
A unica parte em que ele acerta é na criação de riqueza mas, o que ele não diz, é que é só para alguns, para as grandes construtoras como a Mota Engil, agora presidida pelo seu amigo socialista Jorge Coelho.
Basta andar pelo País para qualquer de nós verificar o que significa esta politica de betão e um bom exemplo é a nova ponte do Carregado e o grande conjunto de estradas e viadutos que lhe estão associados.
Foi esta obra assim tão necessária?
A sua utilidade justifica-se?
Ao conduzir pela ponte fica-se com a sensação de desperdicio já que apenas se encontra um ou outro veiculo e isto em ambos os sentidos.
Está na altura do povo se erguer e dizer BASTA à incompetência, compadrio e corrupção.
Nas próximas eleições vote NENHUM!
sábado, 17 de maio de 2008
Taxa de desemprego baixou
Grande noticia para José Sócrates e o seu governo:
A taxa de desemprego baixou para 7.6% no primeiro trimestre de 2008, havendo agora cerca de 427 mil desempregados.
Sócrates apareceu de imediato nas televisões, eufórico, dizendo ser a maior baixa em oito anos.
O que ele não disse é que, no mesmo periodo, 137 mil desempregados deixaram de contar com os centros de emprego para encontrar trabalho ficando, por isso, fora das estatisticas.
Se a estes numeros, já de si negros e tristes, juntarmos ainda os muitos milhares que se encontram em acções de formação dúbias e com pouco interesse práctico, o resultado é desastroso e não abona nada em relação à actividade de Sócrates.
Curiosamente foi noticia nos mesmos telejornais que, segundo a Ministra da Educação, estão "criadas as condições" para acabar com os recibos verdes e liquidar os vencimentos em atraso existentes entre os formadores do programa Novas Oportunidades, o tal dos cursos de formação que não levam a lado nenhum. Disse ainda esta brilhante governante que o atraso no pagamento dos vencimentos, sendo apenas de Março, "é perfeitamente aceitável".
Estes são apenas mais uns sinais de que Sócrates e os seus ministros há muito que perderam o controle da economia do País e que o estão a conduzir à mais desastrosa ruina.
Mas será isto assim tão surpreendente?
Alguém tem ainda duvidas sobre a incompetência destes governantes socialistas?