DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Choque de vida

O "Correio da Manhã" publica hoje um texto tão inesperado como surpreendente da autoria de Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD e considerado um dos "senadores" desse partido.

Se até já gente desta fala contra a democracia partidária então é porque deve estar mesmo, mesmo muito podre!

"Choque de vida"

Por: Luís Marques Mendes, Ex-líder do PSD

"Com eleições à porta, a escolha dos deputados obriga-nos a reflectir sobre alguns vícios trágicos do nosso sistema eleitoral.

Primeiro vício: a falta de relação entre eleito e eleitor. Em 5 de Junho, vamos escolher 230 deputados. Mas será que alguém vai votar nos deputados que estão em jogo? Formalmente, sim. Na prática, o voto é nos partidos e nos candidatos a primeiro-ministro. Nos deputados é que não é. De resto, a maioria deles nem sequer é conhecida dos eleitores.

Segundo vício: a desvalorização do mérito. Em eleições locais, os partidos têm normalmente um especial cuidado na escolha dos seus candidatos autárquicos. Porque sabem que o voto no partido não chega para vencer. É preciso ter candidatos reconhecidos e prestigiados. Ainda bem. Só que em eleições nacionais, onde o grau de exigência devia ser maior, passa-se tudo ao contrário. Como aqui o voto é mais partidário do que pessoal, os partidos não valorizam o mérito. Preferem os yes men. Assim, de eleição para eleição, baixa a qualidade.

Terceiro vício: a desresponsabilização. Os deputados têm um mandato importante. Mas será que o exercem? Que prestam contas aos eleitores? Que fazem trabalho político junto das populações? Que batem o pé e afirmam a sua autonomia? Claro que não. A preocupação do deputado é agradar ao partido que o escolheu, não ao cidadão que o elegeu.

Estes vícios mostram bem que o nosso sistema eleitoral está caduco. Não prestigia a função política nem o cargo parlamentar. Agrada aos directórios partidários mas não serve os cidadãos. O País merece uma ruptura. Um novo sistema eleitoral, com círculos uninominais (um círculo, um deputado), compensados com um círculo nacional.

As vantagens desta mudança são inequívocas. A começar na personalização – cada eleitor escolheria o seu deputado como escolhe o seu presidente de câmara. A continuar na responsabilização – o deputado sentir--se-ia obrigado a fazer trabalho palpável e a prestar contas aos cidadãos. A terminar na exigência do mérito e da qualidade – é tempo de os partidos escolherem pela competência e não pelo seguidismo.

Sei bem que os partidos fogem desta reforma como o diabo da cruz. Receiam perder os seus pequenos poderes. Falam muito de credibilidade mas pouco a praticam. É tempo de a sociedade os obrigar a mudar. Afinal, os partidos precisam mesmo de um choque de vida."

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