DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Maria Luís Albuquerque: a "José Sócrates" de saias!

Texto de João Lemos Esteves hoje publicado na edição online do "Expresso".

O Governo Passos Coelho convenceu-se e está a tentar a convencer os portugueses de que iniciou um novo ciclo. O novo ciclo para já tem mais de show off e retórica do que de substância e mérito político. É uma verdade indesmentível que Passos Coelho está um "homem novo": trocou o ar amorfo e o tom monótono por um ar aguerrido, suficientemente convicto e algum dinamismo. Podemos afirmar, sem exagero, que a decisão irrevogável revogada de Paulo Portas funcionou como um suplemento vitamínico para Passos Coelho - como Passos sabe que o Governo vive um daqueles momentos em que não tem nada a perder, que nada poderá ser pior, apresenta-se como alguém desprendido, com a garra típica dos irresponsáveis ou dos que já têm a derrota assegurada, restando-lhe apenas lutar pelo resultado menos negativo possível. Enfim, é como a equipa de futebol que está a perder por muitos golos ao intervalo e que na segunda parte sente-se com a liberdade para jogar sem tácticas, sem racionalidade, pois sabe que perder por um é o mesmo que perder por 5 ou 6, logo não tem qualquer problema em arriscar numa lógica de "tudo ou nada"...Mas dizia eu então que Passos Coelho sente-se mais livre, mais desprendido, tentando iniciar um novo ciclo do seu Governo, convertendo o "problema Portas" na "oportunidade Portas". A verdade é que depois do impasse, Passos Coelho beneficiou da complacência da maioria dos comentadores, adversários políticos, empresários, que suspiraram pelo fim do teatro político que vivemos naquelas duas semanas de Julho. Contudo, o aparente novo fulgor do Governo Passos Coelho foi sol de pouca dura... 

Com efeito, poucos dias depois da "boa nova" da renovada alma governamental, eis que rebentou mais uma bomba: a nova Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, mentiu perante os deputados na Comissão Parlamentar que está a investigar os contratos de swap - e, como se não chegasse, nomeou um Secretário de Estado completamente dentro do sistema desses contratos vergonhosos e absolutamente ruinosos para o interesse público, sendo inclusive um seu instigador (na medida em que tentou vender ao Governo de José Sócrates estes produtos financeiros). Bom, politicamente, este é um daqueles episódios que matam a credibilidade de qualquer Governo - e o problema é que com Passos Coelho estes episódios começam a ser muito regulares. Dá a sensação de que o Governo Passos Coelho está a proteger um conjunto de interesses ligados à alta finança e a interesses empresariais ocultos que deu fortunas a ganhar a muitos políticos do "centrão", PS e PSD. 

É que, se ponderarmos bem, este episódio dos swaps tem pormenores rocambolescos e altamente indiciários da culpabilidade dos agentes políticos envolvidos. Senão, vejamos: 

Maria Luís Albuquerque foi administradora da REFER, empresa que celebrou os tais contratos swap; 

Maria Luís Albuquerque é escolhida para Secretária de Estado do Tesouro, por ser muito amiga de Passos Coelho, para além de alguns méritos que possa ter (os quais, avanço desde já, nunca seriam suficientes para chegar a Ministra das Finanças da República Portuguesa); 

Vítor Gaspar demite-se, com estrondo, do Governo, em grande parte com medo das consequências que poderia sofrer com o rebentar da bomba dos swaps; 

Maria Luís Albuquerque, já associada ao escândalo das swaps, é escolhida para Ministra, designando um Secretário de Estado que porventura lhe terá proposto o contrato de swap quando era gestora pública; 

Entretanto, a Ministra das Finanças teve de desvirtuar e de ocultar factos sobre o processo dos swaps no Parlamento. 

Como pode constatar, este é um exemplo evidente da promiscuidade entre a política e os negócios - ou melhor, um exemplo do domínio que os negócios pouco claros, que nada acrescentam à riqueza de Portugal, mas servem apenas para aumentar os dígitos das contas bancárias de alguns, exercem sobre os decisores políticos. Como é que se pode afirmar, como faz Passos Coelho, que Portugal viveu num regabofe devido à rigidez do Código do Trabalho, ao peso excessivo da Administração Pública na economia, às despesas pública na saúde e na educação - quando os impostos dos portugueses trabalhadores e honestos serviram (e servem!) para pagar duas brincadeiras trágicas da nossa classe política: o BPN e agora os swaps. Quer dizer: nós, portugueses, temos de aceitar que cortem os nossos direitos, que todos os meses sejamos "assaltados legalmente" pelo Fisco - para pagar os desvarios de Maria Luís Albuquerque e companhia!
 
Para mim, por muitas explicações que tenham, há um facto que a Ministra das Finanças nunca conseguirá ocultar ou desvirtuar: a senhora Doutora Maria Luís de Albuquerque, numa demonstração de descaramento pornográfico, escolheu para Secretário de Estado alguém que promoveu junto das entidades públicas a celebração dos contratos swaps. Logo, incapaz de averiguar o que quer que seja e muito menos de resolver este problema para as nossas finanças públicas. Esta nomeação surgiu numa altura em que Maria Luís de Albuquerque já tinha prestado declarações no Parlamento e tentava afastar qualquer responsabilidade nesta matéria. Afinal, por muito que Passos Coelho critique José Sócrates, são farinha do mesmo saco: Maria Luís Albuquerque, essa com esta atitude, mostrou que é uma "José Sócrates" de saia.

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