A política, já se sabe, foi transformada na arte da ilusão. Deveria ser a
arte da verdade e não o delírio habitual de álibis artificiais para
esconder incapacidades próprias.
Nessa matéria, o Governo tem dado um verdadeiro
festival. Atacou primeiro a Constituição, depois os juízes que a
interpretam, a comunicação social e, por fim, tem vindo a dizer que só
não governa melhor porque... o PS não colabora.
A
insistência numa troca epistolar de apelos ao diálogo representa a mais
acabada caricatura desta ideia de política que acha genial a ideia de
empurrar culpas para o lado. O povo pode ser demasiado sereno e não ir
em manifestações, mas engolir este despudorado jogo de desgoverno não o
fará
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