DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A mentira, a verdade e o erro

Rui Rangel é um juiz muito conhecido por participar como comentador em vários programas televisivos.
Em artigo de opinião hoje publicado no "Correio da Manhã" Rui Rangel ironiza sobre a responsabilidade de Sócrates no estado calamitoso em que se encontram as contas publicas.

"A mentira, a verdade e o erro"

"Hoje trago-vos a estória da mentira, da verdade e do erro, que conviveram alegremente, à boa maneira lusitana, dando exemplo daquilo que não pode ser feito numa democracia que se quer civilizada e respeitada. Nem o peso da nossa história, enquanto povo que já foi grande, inibiu este espectáculo deprimente. Então vamos ao que interessa, à estória da mentira, da verdade e do erro.

A crise financeira, de bancarrota, em que se encontra o Estado Português, ao ponto de já não ter crédito junto dos mercados financeiros internacionais, não tem responsáveis. Ninguém falhou, ninguém se chega à frente para assumir culpas. Mas porque havia o governo de se imolar na fogueira quando está inocente. É "mentira" que foi o Governo Sócrates que errou, que governou à deriva e que nos fez embater neste enorme iceberg, que nos deixa de mãos estendidas. Ao ouvir Teixeira dos Santos, com uma prosa arrogante e altiva, fica a ideia de que quem errou, quem foi incompetente, quem o obrigou a tomar estas medidas de austeridade e a fazer este péssimo orçamento de controlo do défice foram os portugueses e já agora alguma oposição. Tem razão senhor ministro.

A "verdade" é que foi este povo desobediente, pouco trabalhador e com falta de consciência cívica que obrigou o governo a gastar demais, a fazer despesas típicas dos Estados ricos, e a fazer as parcerias públicas-privadas com as derrapagens financeiras que todos conhecem.

O povo português devia pedir desculpas ao Governo Sócrates por existir, por respirar e por comer, de vez em quando, melhor. E devia assumir o erro porque não foi capaz de deixar o governo em paz a governar, que só incomodou e exigiu. Que, com a informação que dispunha sobre as contas públicas e sobre as despesas faraónicas do Estado, devia ter indicado o caminho certo da governação, não o caminho da rua mas o da disciplina orçamental tão apregoada agora. O nosso povo é ingrato, talvez este mal já venha do berço da nacionalidade, ao não compreender as horas não dormidas do nosso ministro e o esforço que foi feito para produzir este Orçamento de salvação nacional. Como é que se pode dizer que Sócrates "mentiu" sobre o estado das finanças públicas, quando sempre falou "verdade" e quando o seu Ministro das Finanças disse há um ano que estas respiravam de boa saúde. Como é que se pode exigir que peça desculpas quando não errou. Foi obviamente a crise financeira mundial que quando muito o obrigou a errar. Mas mesmo assim tenho dúvidas do erro. A hermenêutica sobre a mentira e o erro é confusa e baralha até os espíritos mais atentos. Será que eu já estou baralhado sobre a mentira, a verdade e o erro!? Como disse Joseph Goebbels, no Terceiro Reich é mais fácil as pessoas acreditarem numa Grande Mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez."

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