DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Votação do orçamento

Hoje é o dia em que o malfadado orçamento de estado para 2011 vai ser votado no parlamento, sabendo-se de antemão que será aprovado fruto do entendimento entre o PS e o PSD.

Curiosamente é também o dia em que vários jornalistas e comentadores "atacam" os partidos por mentirem ao país, serem responsáveis pela crise e, ao aumentar os impostos e roubar dinheiro aos cidadãos, não a estarem a combater da melhor forma.

São três artigos de opinião que, pela sua actualidade, são reproduzidos a seguir.


Correio da Manhã, Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

"Credibilidade precisa-se

O capitalismo financeiro é implacável e não olha a meios para atingir a única coisa que lhe interessa: lucro. Isto é óbvio, e qualquer decisor político ou económico tem de ter sempre presente esta realidade incontornável. Os países como Portugal já fazem orçamentos para "acalmar os mercados" e incorporam as medidas mais duras "por exigência dos mercados".

Ora, os ‘mercados’, realidade muito abstracta para o cidadão médio e correspondendo a interesses difusos também muito opacos, só comandam a nossa vida colectiva porque nos entregámos à sua saciedade. Ontem, primeiro dia de ‘mercados abertos’ após o acordo entre Governo e PSD para a viabilização do Orçamento, os juros da dívida portuguesa voltaram a ultrapassar os 6 por cento, valor habitual dos dias de turbulência.

Isto tem apenas um significado: não nos vendam orçamentos para "acalmar os mercados", porque não são esses orçamentos que resolvem os problemas internos da nossa economia. O problema é que a governação totalmente irresponsável de PS e PSD nas duas últimas décadas nos colocou nesta posição. Não foram os ‘mercados’ nem Bruxelas. Foram o PS e o PSD que nos entregaram nas mãos da voracidade especulativa. São eles o centro do problema português. E são eles que têm de recuperar a credibilidade necessária para tirar o País do buraco em que se encontra. Será ainda possível?"


Jornal de Noticias, Manuel António Pina

"Afinal não acalmaram

Afinal de contas, a pílula benzodiazepínica para "acalmar os mercados" que seria um Orçamento PS & PSD brutalmente recessivo não teve qualquer efeito no paciente (ou impaciente).

De facto, na sessão de sexta-feira, antes de Catroga e Teixeira dos Santos terem, às 23,19 horas, passado a receita, os "mercados" estavam a pedir um juro de 5,952% para comprar dívida portuguesa a 10 anos; ontem, em vez de "acalmarem" com a divulgação da fotografia do telemóvel de Catroga, parecem ter ficado ainda mais nervosos, passando a exigir 6,092%. E o mesmo sucedeu com a dívida pública a 5 e a 2 anos, cujos juros, mal foi conhecido o acordo PS & PSD, subiram de, respectivamente, 4,638 para 4,806% e 3,252 para 3,329%.

Os "mercados" sabem, pelos vistos, mais do que julgam Sócrates & Passos Coelho; e sabem que aquilo que um e outro dizem ou assinam não se escreve. Assim, suspeitarão justificadamente que o acordo não é para cumprir e que o que aconteceu com o PEC II e o OE para 2010 (cuja execução "derrapou" de 1,6 a 1,7 mil milhões) volte, como sempre acontece em Portugal, a acontecer.

Teixeira dos Santos já vai responsabilizando o PSD por tal inevitabilidade, acusando-o de, com as suas exigências, ter aberto no OE um buraco de 500 milhões. Passos Coelho, por sua vez, vai anunciando, de olho em Sócrates, que "o pior ainda está para vir". Em Portugal, a culpa também nunca é do próprio mas do sócio."


Diário de Noticias, Pedro Tadeu

"Como fazer os ricos pagar a crise

A pantominice a que assistimos a semana passada entre o PS e o PSD acerca da aprovação do Orçamento do Estado resume-se numa discussão agiota sobre a melhor maneira de sacar dinheiro aos pobres, condenados sem apelo a pagar a crise dos ricos.

Nem José Sócrates nem Pedro Passos Coelho discutem o fundamento da questão, presos, por um lado, à sua convicção ideológica de que falar em economia de mercado é o mesmo que falar em especulação financeira e, por outro lado, amarrados à dependência do eixo Paris-Berlim que o provincianismo crónico e a pedinchice acumulada de subsídios à União Europeia atou em torno dos líderes portugueses. Estão, portanto, juntos num programa de solução da crise que passa por aumentos de impostos sobre a classe média, aumento de desemprego, redução de salários na função pública, redução perigosa da actividade do Estado e paragem das obras públicas. Variam as quantidades dos ingredientes da receita, mas o prato que servem é o mesmo.

E, para nos convencerem, ameaçam-nos com a vinda do FMI, o que, sinceramente, ainda era o mal menor, pois, se o que vai passar-se é um assalto ao bolso do contribuinte, ao menos que o controlo do dinheiro não passe pelas sanguessugas dos grandes partidos que andam a roubar o Estado.

Há outra solução? Há. Via-a pintada nas paredes de Lisboa em 1975. Os ricos que paguem a crise! Como? Nacionalize-se! Nacionalizem-se os bancos que nos meteram neste sarilho. Nacionalizem- -se as brisas que exploram as scut desta vida. Nacionalizem-se as estranhas empresas com gestão em parceria pública e privada. Nacionalizem-se os quase monopólios como a Galp, a Refer, a CP, a EDP e eu sei lá que mais. Nacionalize-se tudo o que se diz que é empresa privada mas que, na verdade, vive à conta dos subsídios do Estado.

Aposto, ao tomar posse de todo esse património, que iríamos ter de um dia para o outro um Estado a nadar em dinheiro e até fariam fila os financiadores cheios de vontade de nos emprestar mais dinheiro. Impediam-se os despedimentos em massa, as reduções de salários e os aumentos de impostos.

Depois, em dois ou três anos, era atirar ao rio as clientelas partidárias que navegam por essas empresas, fazer a selecção do que deve continuar a ser público e reprivatizar o que fosse sensato. Crise resolvida.

Ainda nem acabei de escrever e já imagino o ruído: "Socialismo! Comunismo! Pecado! Pecado! Loucura! Loucura! Estupidez! Estupidez." Pois, talvez seja isso tudo... E o que se passou nos últimos tempos, foi um pecado menor que este? Foi uma loucura menor que esta? Foi uma estupidez menor que esta?... "

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