Texto de Joana Amaral Dias hoje publicado no "Correio da Manhã"
"A privatização do BPN é uma caixa--forte. Totalmente blindada. Ninguém sabe o que se passa. Mas não é a única. Com a EDP e a REN acontece o mesmo. Não admira. Vários deputados da comissão de acompanhamento das privatizações representam, simultaneamente, outros interesses, desde bancos a escritórios de advogados.
O caso das parcerias público-privadas não é melhor. O governo atribuiu à Ernst & Young a sua auditoria mas a consultora trabalha para beneficiários dessas parcerias e concessões. É evidente que um escrutínio conduzido pela mesma entidade que presta serviços a esses grupos fere de morte a imparcialidade.
É este o modus operandi do governo: negligencia e ataca o interesse público e os direitos dos cidadãos, enquanto com a outra mão afaga e mima quem vive à conta do Estado, sem riscos e dependente de direitos adquiridos de ética duvidosa. Não colhe a ladainha de que estamos todos a remar para o mesmo lado, nem a lengalenga "não existem alternativas ao empobrecimento geral do país". É de escolhas políticas que se trata. E estas são as de Passos Coelho. Ao contrário do cofre do BPN, são opções claras como água. "
sábado, 10 de março de 2012
Política chumbada
Etiquetas:
governo,
passos coelho
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