DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 2 de julho de 2013

A infinita estupidez de Passos Coelho

Texto de Daniel Oliveira, publicado no seu blogue "Antes pelo contrário" no "Expresso".

Faz todo o sentido que Vítor Gaspar se tenha demitido por causa das cedências de Nuno Crato aos professores. Elas não foram apenas uma monumental desautorização das suas imposições a todos os ministérios. Tiveram efeitos orçamentais significativos, deixaram a troika de cabelos em pé e foram um prenúncio do que espera Passos Coelho na sua tão desejada "reforma do Estado". Provaram que nenhum governo pode, com o mínimo de paz social, fazer o "ajustamento" que agora se propõe. Se o querem terão de suportar a paralisação do País. Desse ponto de vista, a greve dos professores aos exames e as suas consequências politicas são uma importantíssima lição para os que se opõe a este rumo mas não querem fazer ondas. Ou estão disponíveis para um combate tão agressivo como a politica imposta pela troika ou aceitam a derrota de uma vez por todas. Os professores mostraram como se ganha a guerra política das nossas vidas (sim, o confronto com a agenda da austeridade determinará a vida das próximas gerações). Agora resta saber quem está disponível para tanta dureza.

Se a demissão de Vítor Gaspar foi por causa da aprovação, por parte dos deputados da maioria, das recomendações do PS para a politica económica, então estamos perante um homem distraído. Só agora percebeu que apenas Passos e Cavaco o seguravam? Sentiu-se desautorizado. Mas espanta-se? Não foi ele que exibiu de forma absurda a sua autoridade no famoso despacho que paralisou os ministérios depois da decisão do tribunal Constitucional? Não foi ele que lançou a inútil confusão na Função Pública com a história dos subsídios? Julgava o quê? Que por, como orgulhosamente disse, não ser eleito as regras da politica não se aplicavam a ele? Se foi por isto que Gaspar se demitiu, o seu alheamento face à realidade que o rodeia é ainda maior do que eu supunha. Ele, que desautorizou todo o governo, os deputados e o parceiro de coligação várias vezes, julgava que estava a salvo da devida resposta.

Há também a possibilidade de Vítor Gaspar se ter demitido pelas razões que apresentou na sua carta: porque as suas politicas tiveram efeitos recessivos e isso desequilibrou as contas públicas, deixando-o fragilizado politicamente. Seria uma extraordinária confissão a que o primeiro-ministro deveria prestar atenção: tudo o que Gaspar escreveu sobre a sua própria situação se aplica à de Pedro Passos Coelho.

Seja qual for a razão para a demissão de Gaspar, sabemos que há uma coisa que não muda: Pedro Passos Coelho continua o mesmo desastre politico de sempre. É verdade que a demissão de Gaspar era a demissão de quase tudo o que Passos defendeu nos dois últimos anos. E o princípio do fim. Mas, perante este revés, tinha, com a escolha de Paulo Macedo, a possibilidade de dar um novo fôlego politico ao seu governo. Não duraria muito o estado de graça. Mas sempre era um tempo para respirar. Quem escolheu Passos para substituir Gaspar? Maria Luís Albuquerque.

Umbilicalmente ligada a todas as decisões que foram tomadas nos últimas semanas, trata-se de uma solução de continuidade, sem a vantagem (para o governo) de ter relações próximas com a troika. Ou seja, é uma espécie de Vítor Gaspar da loja dos 300. Percebo o que move Passos: cercado no seu próprio governo não quis escolher um dos que se opôs a algumas das medidas das Finanças. O que prova o extraordinário isolamento de Passos Coelho. Não apenas no Pais. Não apenas na coligação. Não apenas no PSD. Mas no próprio Conselho de Ministros.

Mas o mais grave é mesmo a relação de Maria Luís Albuquerque com os contratos swap, as omissões e mentiras que foi transmitido em todo este processo e a purga de secretários de Estado que liderou por terem assinado contratos em tudo semelhantes aos que ela própria assinou na Refer. Todo este processo deveria servir de aviso de Passos Coelho. Mas os avisos, por mais claros que sejam, é coisa que o primeiro-ministro nunca entende.

Antes de saber da demissão de Gaspar tinha escrito, para hoje, um texto em que explicava que Maria Luís Albuquerque, com tudo o que já se sabe sobre dossiê dos swap, não tinha condições para continuar a ocupar o lugar de secretaria de Estado. O meu texto ficou desactualizado. A senhora foi promovida a ministra. O que prova que até eu continua a subvalorizar a infinita estupidez de Pedro Passos Coelho. Swaps. Vai ser esse o assunto dos próximos meses. Deixando a nova ministra a ferver em lume brando, de revelação em revelação até à revelação final. Não espanta que Passos não o perceba. Afinal de contas, este é o homem que levou Miguel Relvas, que toda a gente sabia quem era, para o governo.


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