Caros
António José Seguro
Catarina Martins
Heloísa Apolónia
João Semedo
Jerónimo de Sousa
Lisboa, 3 de Julho de 2013
Não sou ninguém de especial, apenas um cidadão anónimo que ama Portugal e quer o melhor para o país e para os portugueses e por isso vos escrevo esta carta aberta, crente de manifestar os desejos da maior parte do nosso povo.
O governo de Passos Coelho e Paulo Portas chegou ao fim!
No momento em que escrevo estas linhas sabe-se que esse governo já está morto mas, apenas por negação do incompetente 1º Ministro e do inutil Cavaco Silva, ainda não está enterrrado.
Bom ou mau, incompetente ou não, patriota ou traidor, nada disso interessa agora mas a verdade é que um governo que condenava um povo à pobreza, que extorquia tudo o que podia aos cidadãos para entregar de mão beijada à ganância dos bancos e dos credores, certamente que não podia continuar a gerir os destinos do país, país esse que também tentou vender a retalho a qualquer grupo económico estrangeiro que acenasse com um maço de notas.
Agora há que ir a eleições de onde se espera que saia um governo capaz de representar e, sobretudo, DEFENDER o povo e por isso vos escrevo esta carta com um pedido simples:
ENTENDAM-SE, POR FAVOR!
É sabido que, somadas, as votações esperadas nos vossos partidos são suficientes para assegurar uma maioria e um governo de esquerda mas, para isso, é necessário que cheguem primeiro a uma plataforma realista de entendimento. Neste caso o todo é mesmo superior à soma das partes.
Catarina Martins, Heloísa Apolónia, João Semedo, Jerónimo de Sousa, acham mesmo que é possivel rasgar, pura e simplesmente, o acordo com a troika?
António José Seguro, quer repetir o que fez Passos Coelho e seguir esse acordo à risca sabendo que está a condenar o país e o povo à miséria?
Cheguem a um entendimento simples, algo do género "Já que não se pode rasgar vamos renegociar e EXIGIR condições diferentes para permitir o desenvolvimento económico, baixar o desemprego e promover a justiça social". O pagar da divida fica para depois, para quando fôr possivel andar na rua sem deparar esquina a esquina com situações degradantes de pobreza extrema.
Será exigir muito de vós? Não me parece!
Os credores agiotas não aceitam? Ai, aceitam, aceitam, se quiserem voltar a ver a parte legitima do que emprestaram!
O grande esforço de concertação vai ser de António José Seguro por duas razões:
Primeiro por ser o lider do PS, o maior partido e que ainda sonha em alcançar maioria absoluta. Depois por, tendo sido este ano convidado do clube Bildberg, poder cair na tentação de se entregar nas mãos dos donos do dinheiro e continuar uma politica anti-social de destruição do país. Eu e, estou certo, o resto do povo, pedimos-lhe para resistir à tentação e não o fazer.
Já agora, por favor, mande os Canas, os Lacões, os Lellos e outros que tais para os rodapés das páginas da história do PS e não os volte a chamar à ribalta porque não os queremos.
Os cidadãos portugueses esperam que os vossos partidos cheguem a um entendimento e que formem um governo democrático que os represente e defenda, um governo verdadeiramente do povo, pelo povo, para o povo.
Um governo em que ninguém se espantaria de ver António José Seguro como Primeiro Ministro e, por exemplo, Jerónimo de Sousa como Ministro do Trabalho, Honório Novo como Ministro das Finanças, João Semedo como Ministro da Saude, Catarina Martins como Ministra da Cultura e Heloísa Apolónia como Ministra do Ambiente.
Esqueçam a luta partidária, ponham os interesses do país à frente dos interesses dos vossos partidos e ENTENDAM-SE!
Façam um acordo pré-eleitoral, divulgem-no, façam uma campanha eleitoral honesta centrada na resolução dos problemas e verão que Portugal e os portugueses saberão recompensar o vosso compromisso.
Para o bem de Portugal
Um cidadão anónimo
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Carta aberta aos lideres dos partidos de esquerda
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