DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 6 de julho de 2013

Uma certa elite

Texto de João Marcelino hoje publicado no "Diário de Noticias"

1 A crise dos últimos dias teve a grande virtude de mostrar a verdadeira dimensão pessoal de alguns dos líderes políticos portugueses. Temos aqui um manual sobre o que podemos esperar de alguma desta elite, do seu sentido de Estado. Tem sido esclarecedor. Seria também divertido, se não estivesse a ser trágico.

Esta peça, que se representa diariamente sob o olhar dos portugueses, tem ainda o mérito de mostrar como o País real deixou, de facto, de ter correspondência no País do poder e dos negócios. Este último só aspira a que esta elite se entenda. O outro não pode deixar de sentir alguma repulsa pelos desenvolvimentos desta telenovela vista em tempo real.

2 Não estamos numa normal crise política. Essas costumam ter como origem diferenças de ideias. São choques quanto a estratégias a adotar - e são normais, podendo até ser esclarecedoras. Esta não! Esta tem aparecido como o resultado da imaturidade e falta de sentido de Estado dos seus atores.
Em circunstâncias normais, esta elite não poderia continuar a representar Portugal.

Sucede que não vivemos um período normal. O País está sob intervenção externa que é escrutinada diariamente pelos mercados. E é isto que faz com que algumas pessoas ainda finjam descortinar sinais de normalidade neste processo de recomposição de governo que é absolutamente anormal e revela sinais de indignidade. Pedro Passos Coelho, que durante muito tempo ignorou Paulo Portas, finge agora uma nova atitude de humildade. E Paulo Portas, que tinha tomado uma decisão "irrevogável", porque o primeiro-ministro o não ouvia, parece poder agora voltar com a palavra atrás. E se o concretizar estará nesse momento a dizer ao País o que ela - a sua palavra - de facto vale.

3 Este é um tempo de exceção em que vivemos também reféns das eleições de há dois anos. Temos uma maioria no Parlamento e esse valor, que até certa altura foi de facto um bem, é hoje um fardo que parece condicionar muita coisa, sobretudo a ação do Presidente da República. Parece evidente que há quem esteja com medo de ouvir de novo os portugueses. Porque a esquerda pode subir. Porque o PS pode não ter maioria. Porque o CDS pode voltar ao táxi. Porque o PSD pode ser muito penalizado e ter de mudar a liderança. Porque...

Esta ideia de que os votos, mesmo os obtidos com promessas de mentira, podem aprisionar a Democracia por períodos fixos é um dos problemas com que o regime atual, em falência, se debate.
É certo que, infelizmente, a oposição passa a vida a reclamar eleições. Fariam umas todas as semanas até ganharem. Mas até há poucos dias isso era ruído de fundo. E Cavaco Silva tinha todos os motivos, e razão, para não querer derramar uma crise política sobre a nossa dramática realidade social, económica e financeira. O problema está em que foram precisamente Passos Coelho e Paulo Postas quem não cuidou devidamente desse valor. A carta de demissão de Vítor Gaspar é, aliás, a peça mais elucidativa quanto à liderança e à coesão do Governo.

4 Nos próximos dias a Democracia portuguesa vai ter de escolher entre um de dois caminhos, o da hipocrisia ou o da devolução da palavra aos portugueses para perceber o que eles de facto pensam destes terríveis dias e como querem marginar o território que dará origem a um novo governo.
Haverá certezas de que tudo será melhor? Não, infelizmente não há. Mas esta solução em que agora Passos Coelho e Paulo Portas se afadigam para tentar assegurar a respetiva sobrevivência política pessoal fede a oportunismo e não pode trazer nada de bom.

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