DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Vítor Gaspar passa certidão de óbito ao Governo

Texto de António Costa, Director, hoje publicado no Diário Económico.

Vítor Gaspar sai do Governo como não se esperava, especialmente de quem assumiu todo o protagonismo, e nunca o recusou, zangado com a sua incapacidade para levar a efeito a reforma do Estado, zangado com o primeiro-ministro por ausência de uma liderança de suporte ao ajustamento, zangado com os seus colegas de Governo. E assinou, como nunca o fez o melhor discurso de António José Seguro, a certidão de óbito deste Governo. Só falta saber a data.

Ao contrário do que parece, a saída de Vítor Gaspar neste momento, nestas circunstâncias, por estas razões, que o próprio explicitou numa carta - uma peça de antologia para a história política e económica do país - é um péssimo sinal. Vítor Gaspar é o responsável directo pela recuperação da credibilidade do país junto dos mercados e dos credores, os actuais, ou seja, a ‘troika', e os futuros. Tem esse crédito, ninguém lho tira. Mas não percebeu o país que tinha, falo do país económico, da estrutura empresarial, dos trabalhadores. Nem sequer a sua dimensão política, desvalorizou-a a todos os outros objectivos, externos. E, portanto, o que fez de melhor acabou por ser o principal obstáculo à sua actuação como ministro das Finanças.

É, ainda assim, uma saída que fragiliza o Governo. Porquê? Porque Vítor Gaspar confessou a sua incapacidade para levar o acordo com a ‘troika' até ao fim, até Junho de 2014. Assume-o de forma séria e honesta, porque já não tinha a credibilidade e confiança de ninguém. Nem sequer da ‘troika', como se percebeu nos últimos dias. O problema, a questão que fica, é porquê? Por responsabilidades próprias e, sobretudo, por falta de apoio político, do primeiro-ministro e do resto do Governo.

Quando são muitas as dúvidas sobre a capacidade do Governo de levar a cabo a reforma do Estado, Vítor Gaspar deixa claro que não tem dúvidas nenhumas. Não será mesmo para fazer, ou, então, muita coisa tem de mudar. A certidão de óbito está passada, é mais grave do que qualquer declaração de António José Seguro ou qualquer greve geral, e tem a assinatura do mais insuspeito dos subscritores, o próprio Gaspar.

O que fica, então, para a nova, e surpreendente, ministra das Finanças, agora, número três do Governo, depois de Paulo Portas? Maria Luís Albuquerque não vai mudar de política, vai tentar fazer, de facto, o que Vítor Gaspar não conseguiu. Sem o mesmo peso político, mas com um perfil de executiva, dura e rigorosa, apesar dos ‘swap', que, agora, se tiverem algum desenlace, arrastarão todo o Governo.

Pedro Passos Coelho centraliza o poder em torno de três pessoas que são da sua total confiança política: Carlos Moedas, Poiares Maduro e Maria Luís Albuquerque. A ministra das Finanças tem pulso firme, conhece os dossiês e é conhecida da ‘troika', com quem o Governo tem ainda de negociar o fim deste acordo e o novo programa cautelar. O primeiro-ministro não tinha outra solução, nem melhor. Mas se é a solução possível, o sucesso do seu trabalho está longe de estar garantido. Como escreve Vítor Gaspar, que se despede com "amizade, lealdade e admiração".

O primeiro teste, de Maria Luís Albuquerque e do próprio Governo, vai ser o Orçamento do Estado para 2014. Vai ser mais relevante para o futuro político deste Governo, e do país, do que o resultado das autárquicas.

PS: A demissão de Vítor Gaspar do Governo coincide com o regresso de Teixeira dos Santos à vida política. Poderia ser mais irónico?

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