"O Estado atirou 1100 milhões de euros no Banif, avaliado em metade e afundado em dívidas. Eis a nacionalização às direitas: o Estado paga e assume futuros riscos, sem quaisquer garantias. Você já viu este filme no BPN, no qual há mais três mil milhões de dívidas em incumprimento. Ou seja, o buraco pode chegar aos sete mil milhões.
Mais do dobro do que o governo quer cortar no Estado
Social. Entre 2001-2011, os três maiores bancos privados distribuíram
aos acionistas 4300 milhões de euros. Agora pedem ao Estado esse
dinheiro para a sua recapitalização. Também passaram a dívida pública de
besta a bestial. Não a comprando, forçaram a entrada da troika. Agora
não querem outra coisa até porque mais nada lhes garante empréstimos do
BCE a 1%. Entretanto, não injetam dinheiro na economia e cobram taxas de
8%. Já para não falar do jackpot para a banca que foi a transferência
dos fundos de pensões para o Estado ou da diminuição do IRC de 328
milhões em 2009 para 42 milhões de euros em 2011.
A
coisa é simples: chama-se expropriação do dinheiro dos contribuintes.
Os sacrifícios que lhe estão a pedir servem para salvar bancos. O resto
são trocos."
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