DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O liberalismo de Passos

Texto de João Cardoso Rosas, Professor Universitário, hoje publicado no "Diário Económico"

"A palavra “ideologia” alberga um campo semântico quase inesgotável. No entanto, há duas acepções da palavra que convém relevar. A primeira é, por assim dizer, aberta e refere-se a uma visão do mundo e da sociedade que tem como objectivo congregar um colectivo para a acção política. A segunda, fechada ou menos evidente, é a de falsa consciência, isto é, a ideologia enquanto forma de encobrir os interesses que verdadeiramente defende.

A acepção aberta da ideologia liberal está claramente presente no discurso e na acção de Passos e do seu Governo: precarização das relações laborais, programa de privatizações mais ambicioso de sempre, cortes nos apoios sociais, desconfiança dos mecanismos democráticos e constitucionais (na sua vertente mais radical o liberalismo não gosta da democracia e ainda menos de Constituições programáticas), tudo isto embrulhado pelo famoso argumento TINA de Margaret Tatcher ("There Is No Alternative").

Mas Passos e o seu Governo têm também defendido medidas que estão aparentemente nos antípodas do liberalismo: aumentos de impostos, condescendência com as PPP, apoios aos bancos, a culminar na nacionalização encapotada do BANIF, etc. Muitos interpretam isto como uma incoerência com o liberalismo. No entanto, existe uma interpretação alternativa e que requer o uso da ideia de ideologia não apenas no seu sentido aberto, mas também como falsa consciência. Vejamos como.

Na prática, o liberalismo de Passos serve não apenas para atacar os direitos dos trabalhadores em nome da liberdade económica, enquanto ideologia aberta, mas também para defender os interesses do capital, em especial do capital financeiro, enquanto falsa consciência. Por isso Desta forma, o liberalismo de Passos faz aquilo que, enquanto ideologia, o liberalismo sempre fez, pelo menos do ponto de vista dos socialistas. Ou seja, a apresentação do liberalismo como ideologia aberta e amiga da liberdade individual funciona como máscara daquilo que ele, em última instância, significa: a defesa dos interesses do capital e o ataque aos interesses dos trabalhadores.

Esta combinação das noções de liberalismo como ideologia aberta e de liberalismo como falsa consciência, que mascara os interesses que defende, chama a atenção para o facto de que o liberalismo de Passos é, no fundo, consistente. As aparentes inconsistências que alguns detectam advêm do facto de não compreenderem, por desconhecimento ou ingenuidade, que as ideologias em geral - e o liberalismo em particular - têm uma dimensão aberta, mas também uma dimensão de falsa consciência."



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