DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

domingo, 29 de julho de 2012

Insensibilidade e "mau" senso

Lembram-se da ultima vez em que os responsáveis apenas "cumpriram ordens"? Não deu muito bom resultado, pois não? 

Assunção Cristas (1) é um meteoro (2) que cruzou o firmamento politico do CDS (fez campanha pelo Não à interrupção voluntária da gravidez), brilhou intensamente como deputada desse partido de 2009 a 2011 e aterrou no (des)governo de Passos Coelho, por obra e graça do espírito (Paulo Portas) santo, como Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.

Mas o brilho de Assunção Cristas está a dissipar-se rapidamente à medida que demonstra a sua incompetência aliada às várias e muito infelizes declarações reveladoras da sua insensibilidade e do seu "mau" senso.

Desde logo, a propósito da falta de chuva durante o Inverno, em que remeteu a solução do problema para a sua profunda fé religiosa, certa que Deus se encarregaria de mandar chuva.
Resultado do "mau" senso?
80% do território nacional encontra-se em situação de severa ou extrema e a água armazenada nas bacias hidrográficas encontra-se abaixo do habitual.. Mas a fé da Ministra continua inabalável e o "mau" senso não a faz tomar medidas de contingência.

Em contraste, quando as vinhas do Douro foram danificadas por queda de granizo em pleno Verão, a  Senhora Ministra apressou-se a manifestar a sua insensibilidade ao declarar, a propósito de compensar os prejuízos dos agricultores, que "não se pode beneficiar quem não teve o cuidado de fazer os seguros”. Assunção Cristas disse ainda que a região tem “seguro de colheita colectivo, pelo qual estão abrangidos cerca de 50% dos agricultores. Outros não estão porque não quiseram aderir a ele”, 
Infelizmente a realidade é muito diferente para o Presidente da Câmara de Sabrosa, José Marques, para quem os vitivinicultores perderam tudo e não tinham condição financeira para efectuar o seguro. Não é não quererem aderir ao seguro colectivo, é não terem meios financeiros para o fazer", opinião secundada pelo presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos
Ao mostrar-se insensível a este ponto "pôs-se a jeito" para a critica mordaz de Berta Santos, Presidente da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro),  para quem Assunção Cristas "mais parecia a ministra das seguradoras do que da agricultura".
Não se faz aqui a apologia da "irresponsabilidade" de quem não fez seguro mas um pouco de sensibilidade e de bom senso na abordagem aos problemas nunca fez mal a ninguém.

A verdade é que Assunção Cristas é pródiga a mostrar o seu notório "mau" senso como, por exemplo, quando se referiu à sua actividade ministerial:
 "Portugal tem cumprido rigorosamente aquilo que está no memorandum de entendimento, os quadradinhos vão sendo preenchidos" 

Infelizmente para o povo português a falta de sendo da Ministra só é comparável à insensibilidade que demonstra na sua reforma "superstar", a nova Lei do Arrendamento Urbano, feita para agradar à troika no que refere a captar mais dinheiro em impostos e aos senhorios e proprietários pela actualização dos contratos anteriores a 1990 ou sejam  as rendas das habitações mais antigas onde vivem principalmente idosos com grandes carências económicas.
Para Assunção Cristas há inquilinos que vivem em casas grandes com rendas muito baixas ao mesmo tempo que os "pobres" proprietários se vêem privados do rendimento que lhes é devido pelo investimento que fizeram nas habitações.
TRETAS !!!
O "mau" senso de Assunção Cristas leva-a a generalizar o que são situações muito marginais e a sua insensibilidade fá-la castigar a esmagadora maioria dos inquilinos com uma lei aberrante e que vai trazer situações de grande desastre social,
Diz a Ministra que "a situação dos mais carenciados e mais idosos está totalmente salvaguardada" e não se faz rogada a explicar porquê:
«Os cinco anos (período de transição) apenas nos dizem que, durante esse tempo, os senhorios podem aumentar a renda, tendo em conta a taxa de esforço dos inquilinos. No final desse período, o Estado assegurará as situações de carência económica".
Como?
O Estado vai pagar a gananciai dos senhorios?
Com que dinheiro?
Assunção Cristas garantiu que haverá verbas públicas para responder aos inquilinos com dificuldades económicas depois do período transitório que os senhorios têm para actualizar as rendas e que, nesse prazo, cabe ao Estado encontrar uma resposta, mas «com certeza que haverá verbas» para isso.
E o deslumbramento não pára:
"A lei é equilibrada: porque as pessoas só pagam aquilo que podem pagar. Quando falamos do período transitório de cinco anos, é o tempo em que o senhorio não pode aumentar a renda para além do previsto por lei, E termina afirmando "contar om o esforço dos senhorios para manterem as rendas, não ao valor do mercado, mas ao valor que seja possível os inquilinos pagarem".
A realidade se encarregará de lhe mostrar que tudo o que disse está errado.
Daqui a cinco anos milhares de idosos correm grandes riscos de serem corridos das suas casas sendo alvo de acções de despejo por não poderem pagar as rendas "de mercado" que lhes são exigidas e que governo nenhum terá dinheiro para apoiar.
Claro está que, nessa altura, Assunção Cristas andará a passear a sua insensibilidade sabe-se lá porque tacho ou cargo bem remunerado e não estará disposta a reconhecer a sua responsabilidade pelo desastre social que causou.
Dado que esta lei teve por objectivo principal atacar as rendas antigas anteriores a 1990 e sabendo como os gabinetes de advogados influenciam os governos, este em especial, seria interessante fazer um trabalho de investigação e averiguar até que ponto a sociedade de advogados (1) Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados influenciou (ou redigiu) a lei e, já agora, saber quem são os grandes proprietários seus clientes e que interesses estão ocultos por trás das "respeitáveis" togas.

Para quem se afirma católica praticante a insensibilidade e o "mau" senso de Assunção Cristas deixam muito a desejar em termos de qualidades humanas e de solidariedade social, sendo apenas mais uma governante incompetente ao serviço dos interesses obscuros que estão a espoliar o povo, o País e a riqueza nacional.

Tal como os outros ministros Assunção Cristas também tem de ser demitida pelo povo e quanto mais cedo melhor!


(1) Biografia oficial no site do Governo

Assunção Cristas nasceu em Luanda, em 1974.
Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1997, e doutorou-se na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, em 2005, onde exerce atividade docente.
Foi consultora na sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, desde 2009, tendo anteriormente sido diretora do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça (2002-2005).
Vice-Presidente do CDS-PP desde 2009, foi Deputada à Assembleia da República na legislatura de 2009-2011 pelo distrito de Leiria, tendo sido reeleita em 2011. Foi membro da Comissão de Orçamento e Finanças e da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Regional e Pescas.

(2) meteoro

s.m. Fenômeno luminoso que resulta da entrada na atmosfera terrestre de uma partícula sólida proveniente do espaço.
Fig. Pessoa ou coisa que goza de esplendor passageiro.
Fig. Aquilo que tem brilho intenso e passageiro.




 Aditamento
"Nova lei do arrendamento passa a ser uma questão de fé"
Texto parcial de Pedro Carvalho publicado no "Diário Económico"
em 31 de Julho.

"Cavaco Silva e Assunção Cristas têm motivos para estarem orgulhosos? Resolveram ontem um problema que já dura há mais de 100 anos: o congelamento das rendas em Portugal.

O grande problema desta nova lei é que prevê um período transitório de cinco anos que protege os idosos, deficientes e carenciados, ou seja, a maior parte dos inquilinos que beneficiam de rendas congeladas. Passando estes cinco anos, ninguém sabe o que vai acontecer a estes inquilinos quando forem obrigados a pagar pelo arrendamento o valor de mercado, ou quando forem despejados das suas habitações.

A ministra terá dado a Cavaco garantias de que o Governo assegurará a protecção social dessas pessoas daqui a cinco anos e o Presidente da República, com base nessa "garantia", promulgou o diploma. O problema é que daqui a cinco anos nem Cavaco e, muito provavelmente, nem Cristas estarão nos respectivos cargos para resolver o problema que estão agora a criar. É o que se chama na linguagem popular empurrar o problema com a barriga. E não é por acaso que António José Seguro propôs um regime de transição de 15 anos, já que a probabilidade de lá estar daqui a cinco anos é alguma, e a probabilidade de ficar com a batata quente daqui a 15 anos é nenhuma.
...

... A lei tem muitos pontos positivos, nem que seja o esforço de tentar, mais uma vez, resolver o problema. Mas não é aceitável que o diploma agora promulgado não preveja, na própria lei, uma solução legislativa para aqueles que vão ser despejados ou obrigados, sem o poder, a pagar rendas a preços de mercado daqui a cinco anos. O Governo transforma assim um problema entre inquilinos e proprietários num problema entre inquilinos e a Segurança Social. Se calhar Assunção Cristas acha que daqui a cinco anos os idosos vão rejuvenescer, os deficientes vão readquirir as suas capacidades e os carenciados vão enriquecer. É preciso ter muita fé! "

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