DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Texto de António Rebelo de Sousa, Economista, hoje publicado no Diário Económico.

"Tenho vindo a dizer e a redizer que o conjunto de medidas de política económica implementadas pelo Governo não permitirá a obtenção de uma redução do défice orçamental para 4,5% do PIB.
 
Como, também, tenho vindo a afirmar que, entre Maio e Junho do corrente ano, se chegaria à conclusão de que a execução orçamental ficaria aquém dos valores previstos e que, perante tal constatação, haveria dois caminhos a seguir: o da "fuga para diante", com a adopção de novas medidas de austeridade, conduzindo-nos na mesma direcção que a Grécia conheceu; o da renegociação do Acordo de Assistência, envolvendo prazos, como também uma nova quantificação das metas e dos montantes envolvidos.
Se o Executivo persistir na não renegociação, enveredando por novas medidas de austeridade, só poderá contribuir, ainda mais, para o agravamento da recessão, tornando impossível a redução desejável do défice orçamental, já que, do meu ponto de vista, atingimos o ramo descendente da Curva de Laffer.
Mais, a opinião pública não compreenderá que sejam exigidos mais sacrifícios aos portugueses, em geral, quando nada - ou quase nada- se fez em termos de Parcerias Público-Privadas, no respeitante à redução de consumos intermédios ao nível da Administração Pública e no atinente à definição de uma estratégia consistente de internacionalização da nossa economia.
A título de exemplo, há cerca de duas semanas reuniu o Conselho para a Internacionalização que nada decidiu, apesar de termos um Executivo que já Governa há mais de um ano.
Como, também, não faz sentido uma recapitalização do Sistema Financeiro assente em empréstimos obrigacionistas a uma taxa de juro entre 8 e 9%.
Como, também, não se percebe, ainda, qual o modelo de desenvolvimento que o Governo pretende para o nosso País, qual a posição que defende no quadro Europeu e, inclusive, qual a verdadeira política de privatizações que pretende seguir para os casos da TAP, da ANA e da RTP.
Um Executivo que atravessa estas zonas de indefinição terá sempre muita dificuldade em explicar a adopção de novas medidas de austeridade.
O Governo transformou a Função Objectivo (Desenvolvimento Económico) em Restrição e a Restrição (Equilíbrio Orçamental) em Função Objectivo.
O Governo tem que renegociar com a ‘troika' e tal terá, necessáriamente, que ocorrer até Setembro.
O próximo Orçamento de Estado terá já que reflectir essa renegociação.
Mais, o Governo terá que perceber que não poderá contar com a compreensão do PS por muito mais tempo se não optar por essa via.
Quem não estará, nesse caso, a ter um comportamento patriótico não será a oposição democrática.
Quem não estará, nesse caso, a ter um comportamento patriótico será o Governo.
Nem mais, nem menos..."


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