DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

domingo, 21 de abril de 2013

Consensos?

PEDRO MARQUES LOPESTexto de Pedro Marques Lopes hoje publicado no "Diário de Noticias"

"1-Alguém com quem trabalhei dizia que quando uma reunião era muito longa, das duas uma: ou ninguém se entendia ou ninguém sabia o que fazer. Esse empresário e gestor também gostava de lembrar que um chefe que num quarto de hora não percebia que não se ia decidir nada ou que antes da reunião não sabia já o seu desenlace não servia para liderar coisa nenhuma.

Em poucas dimensões, a comparação entre gerir empresas privadas e o Estado faz sentido, e mal andam políticos e gestores quando confundem as duas realidades na maioria dos métodos e sobretudo nos objectivos, mas foi impossível não recordar as palavras desse meu antigo chefe enquanto via a conferência de imprensa do Governo na passada quinta-feira.

O actual Governo já nos habituou a cenas não muito ortodoxas, digamos assim, mas depois duma reunião de onze horas convocar os jornalistas para, no fundo, dizer que não havia nada a dizer é, no mínimo, patético. Não nos disseram onde vão ser feitos os cortes, nem em que rubricas, nem como vão ser taxados os subsídios de desemprego e doença e também ninguém percebeu bem o novo possível imposto às PPP. Não fosse o ministro Marques Guedes ter lido as directivas comunitárias e a capacidade do ministro Maduro para repetir a palavra consenso e nada tinha saído daquela risível conferência.

Como se presume que os ministros não estiveram a falar de futebol, uma de duas coisas pode ter acontecido: ou não se entenderam e o primeiro-ministro não foi capaz de lhes impor uma determinada linha, ou ninguém no Governo faz a mais pequena ideia do que fazer. Tendo sido o próprio Passos Coelho a anunciar que depois desse Conselho de Ministros iam ser anunciadas as medidas concretas e que com esse anúncio ia até ser suspenso o despacho que dava todo o poder nos gastos dos ministérios a Gaspar (entretanto o dito despacho continua a vigorar), tudo levava a crer que já estava tudo pensado. Mas, como é habitual neste Governo, nada estava feito, nada estava estudado.

Não, o Governo não sabe o que fazer. O que não surpreende. Andam há meses para explicar como vão fazer o corte de 4000 milhões, que fará agora quando têm de acrescentar mais 1300. No final será como de costume: uma coisa feita em cima do joelho sem reflexão ou critério com um valor no fundo da coluna para agradar a burocrata troikiano.

Bom, pode ser que a um qualquer ministro reste um pingo de bom senso e tenha explicado o óbvio: o corte de 5500 milhões pode ser feito claro está, mas com ele vai o País. Vai a nossa coesão social, as desigualdades atingiriam níveis inimagináveis, o desemprego dispararia , a nossa saúde pública não teria o mínimo de qualidade e a nossa educação pública seria apenas uma caricatura. Mas não, mesmo que isso tivesse acontecido, lá estaria o primeiro-ministro para destratar tal herege.

O facto é que o Governo com o fim da quimera dos 4,5% e com a constatação do criminoso falhanço da receita troikiana não sabe, pura e simplesmente, o que fazer. Tentou ir buscar o passado para se desculpar, mas desculpas não servem para governar um país.

Agora o Governo tem um novo discurso: o consenso. Aliás, o ministro Maduro, na conferência de imprensa, repetiu e voltou a repetir a palavra. Esqueceu-se foi de explicar de que consenso estava a falar. Consenso sobre o quê? Em relação a que políticas? O responsável pela comunicação do Governo passou a mensagem, o coordenador político é que se esqueceu de lhe dar conteúdo.

De que consenso se fala quando grande parte do PSD, do PS, de todos os parceiros sociais sem excepção, da esquerda à direita, dizem que o caminho que o Governo e a troika querem continuar a prosseguir não é o defendido por eles?

O consenso na boca do Governo não passa duma palavra vazia de significado. Pior, o consenso que o Governo quer é em redor de políticas e medidas que já se provaram erradas e que estão a destruir o País. Consensos para o suicídio, não obrigado.

2-O CDS está a ser alvo de bullying político. A falta de respeito é tanta que o primeiro-ministro até no Parlamento trata mal o líder parlamentar do CDS.

Pode João Almeida falar, Diogo Feio gritar, Pires de Lima pedir remodelações, Portas faltar a tomadas de posse, que para o primeiro-ministro é música. Não ouve o CDS nem lhe dá a confiança de lhe dizer o que quer que seja.

Passos Coelho sabe que Portas sabe que está amarrado ao Governo e está a fazê-lo pagar o episódio da TSU, desconsiderações passadas e outras mais recentes. Portas teve a oportunidade de sair do Governo (e ele sabia, e sabe, que o caminho estava errado) e conservar capital político, agora é tarde. Vai ser humilhado até ao fim por Passos Coelho e depois vai sofrer uma hecatombe eleitoral. Há horas infelizes."

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