O País está desfeito por décadas de corrupção. Com a complacência da Justiça.
À exceção de caridosos alertas do Tribunal de Contas,
envergonhadas iniciativas do Ministério Público e piedosas declarações
políticas, nada de grande utilidade foi feito para travar o
enriquecimento ilícito de uns tantos à custa de nós todos. O drama
começou a sério por meados dos anos 80. Nunca mais parou. Até hoje.
Nenhuma
das grandes obras públicas foi concluída pelo preço previsto. Nem uma.
Da primeira à última autoestrada, do Centro Cultural de Belém à Expo, da
Ponte Vasco da Gama aos estádios de futebol – todas custaram ao erário
público centenas de milhões a mais.
Apesar das
suspeitas de corrupção, negligência, gestão danosa – nem um inquérito,
nem uma acusação, nem um julgamento. Tanto os negócios ruinosos para o
Estado continuaram impunes – que os artistas aprimoram a técnica: as
parcerias público-privadas. Bancos e grandes construtoras voltaram a
ganhar centenas de milhões – dinheiro que o País perdeu, razão por que
está como bem sabemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário