DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 22 de junho de 2013

Dois anos de governo do caos

Texto de Carvalho da Silva hoje publicado no "Jornal de Noticias".   

Provavelmente nenhum outro Governo, até hoje, invocou tanto os objetivos da estabilidade e da equidade como o atual. Contudo, das suas políticas resulta uma desestruturação da sociedade, uma instabilidade e um caos social sem paralelo. 

O Governo PSD/CDS ficará na história como aquele que mais empresas destruiu por dia. Em dois anos provocou o caos na vida de centenas de milhar de portugueses, ao ter feito aumentar o desemprego em mais 430 mil desempregados, ao cortar forte no valor das pensões de reforma e em apoios sociais, ao provocar a falência de milhares e milhares de pequenos empresários.

A dívida pública cresceu bem mais de 40 mil milhões de euros, ao mesmo tempo que caiu o produto interno bruto, e ainda mais os salários reais. Cerca de 250 mil portugueses, em particular jovens, foram forçados a emigrar. A geração melhor preparada para desenvolver o país, formada pelo Estado social que o povo pagou, está a ser autenticamente exportada, provocando roturas entre gerações.

Os direitos das pessoas e as suas condições de vida vão sendo nivelados por baixo e a democracia vai-se esvaziando. A "matriz de desenvolvimento" do país assenta numa espiral regressiva - no plano social, económico, cultural e político - apresentada como inevitável face à austeridade e à "necessidade" dos portugueses se purificarem por, pretensamente, terem andado a viver acima das suas possibilidades.

Entretanto, os problemas estruturais continuam por resolver. Não é possível determinar a situação de caos em que pode ser colocada a sociedade portuguesa se prosseguirem estas políticas e continuarem por resolver as questões fundamentais da renegociação da dívida, da definição de um rumo coerente e sustentável do país, no que diz respeito à sua permanência na União Europeia e às opções a tomar quanto ao euro.

Nestes dias em que o Governo procura dar a ideia de estar aí para lavar e durar, e para fazer uma "segunda parte de mandato com novo fôlego", há que, simultaneamente, denunciar o fracasso das suas políticas, reclamar a sua demissão, lutar por alternativas de políticas e de governação, esclarecer a complexidade da situação, criar fatores de esperança e confiança no futuro.

A exploração a que estamos sujeitos é feita de forma ardilosa. E não está encetado um processo de clarificação, de mobilização e responsabilização das organizações sociais e económicas e do povo em geral, quanto a custos e compromissos que é preciso assumir para se sair deste buraco que o Governo PSD/CDS aprofundou brutalmente.

Não podemos permitir que o tempo corra à espera de um qualquer dia em que nos venham dizer, "oficialmente", que a crise acabou, deixando-nos com "cara de bobos agradecidos" e sujeitos a crítica por não acreditarmos que isso seja verdade.

Como escreveu Concha Caballero (El Pais-Andalucía, 18.06), a propósito das políticas seguidas na União Europeia, esse dia só será anunciado "quando a nossa juventude já estiver amestrada na arte de trabalhar quase de graça", "quando já tiverem expulsado do sistema educativo uns 30% dos estudantes sem deixarem rasto", "quando o nosso estado de saúde se pareça com a nossa conta bancária", "quando nos cobrarem por cada direto, por cada prestação".

A apropriação da riqueza sempre foi feita na esfera da produção. Agora, em cima dessa apropriação há um novo saque, feito a partir da esfera do crédito, colocando as pessoas e o Estado debaixo de fortes dívidas. O valor do trabalho das pessoas e o valor das pensões são espremidos duas vezes.

Com enorme malvadez, foram criados os mercados da saúde, do ensino, da segurança social. Depois criaram o "mercado da dívida pública". Para que esses mercados funcionem, o Estado está transformado em máquina de cobrança de impostos e de intensificação da exploração do trabalho. As receitas obtidas vão para alimentar aqueles mercados e não para sustentar a prestação dos direitos sociais e as atividades necessárias para garantir dignidade e qualidade à vida dos cidadãos.

É por tudo isto, e porque os atuais governantes não se afastarão de uma cartilha ideológica retrógrada, que assistimos ao caos da gestão de Crato sobre a Escola, aos colapsos nos serviços de saúde ou na máquina fiscal.

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