DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Portugal cativo

Texto de José Reis Santos, Historiador, hoje publicado no "Diário Económico"

A recente indecisão em torno do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários públicos veio nos recordar, ruidosamente, de que estamos perante um dos mais cobardes, impunes e cínicos governos da história da democracia portuguesa.

Cobarde, sim, pois o Governo da República, escudado no manto da sua legitimidade parlamentar (pois questiono a sua legitimidade popular), sem que alguma vez tenha anunciado tais medidas aquando do seu diálogo genético com os portugueses (leia-se campanha eleitoral), e depois do Tribunal Constitucional ter chumbado tais pretensões, regressa na insistência de interferir de forma obtusa e abusiva - e sem que permissão lhe tenha sido dada - na vida de milhares de portugueses, que apenas procuram ter a oportunidade de poderem organizar as suas vidas - e as suas merecidas férias - de forma ordeira e pacifica. E fá-lo, ou procura fazê-lo, impunemente, pois sabe que pode aproveitar-se da paciência institucional da Presidência da República para sustentar a ambição de procurar circum-navegar as decisões do Tribunal Constitucional.

Ironicamente, este comportamento revela também como um cinismo atroz se apoderou com facilidade de todas as putativas definições ideológicas e coerências discursivas que em tempos o Executivo de Passos Coelho procurou fixar, pois para um governo que se gaba(va) das suas raízes liberais, o grau de interferência directa na vida dos cidadãos atinge níveis de ingerência de fazer inveja a muitos regimes totalitários. E o pior é que esta intromissão se revela aleatória e imprevisível, sequestrando lenta e progressivamente o País, que hoje se encontra refém das vontades fortuitas de um governo socialmente alienado e obcecado apenas com alter-realidades estatísticas e os seus miseráveis impactos numéricos.

Infelizmente, este sequestro às liberdades de um povo tem-se alargado de forma substantiva a diversos sectores da sociedade política, contaminando movimentos sociais e sindicatos, partidos e políticos. Estes, também de forma demagógica e abusiva, têm procurado estratégica e sistematicamente capturar a liberdade e a energia do descontentamento social - de pura origem popular -, para, depois de operadas as transformações discursivas necessárias, visarem a total apropriação de uma narrativa social que não procura institucionalização.

É neste múltiplo sequestro que se encontra hoje Portugal. Um sequestro asfixiante que nos coíbe de respirar liberdade, pois se é verdade que este Governo já não fala em nome dos portugueses, também os sindicatos já não falam em nome da maioria dos trabalhadores que se dizem representar, nem os movimentos sociais falam em nome das centenas de milhar que ocupam as ruas e avenidas em cada momento de protesto.
Resta saber que nova variante do síndroma de Estocolmo tomará conta do eleitorado nacional, com qual dos seus captores desenvolverá ele uma relação de proximidade (eleitoral). Até porque, sabendo o País institucionalmente cativo da vontade de um Presidente estático e da ambição desmedida de um sequestrador profissional (leia-se Paulo Portas), só o voto nos permite aceder a um momento de respiração totalmente liberto de todos os nossos sequestradores.

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