A perspectiva neoliberal vigente na Europa em acção no seu melhor (ou será ... pior?).
Troika tirou mais de 1,5 mil milhões de euros em salários
Diário de Noticias
"Os salários dos portugueses baixaram 1 537 milhões de euros desde que Portugal assinou o memorando de entendimento. Em maio do ano passado o país recebeu 78 mil milhões de euros de ajuda financeira o que tem levado a duras medidas de austeridade.
Em média cada trabalhador português por conta de outrem perdeu 30 euros por mês, segundo noticia hoje o Correio da Manhã. Os cálculos são do economista Eugénio Rosa, feitos com base nos números do Instituto Nacional de Estatística.
"Antes de ter sido assinado o memorando com a troika os portugueses ganhavam em média 813 euros. No primeiro trimestre deste ano, esse rendimento tinha caído para 805 euros, em termos nominais. É preciso, contudo, descontar a inflação para calcular que os portugueses ganhavam na realidade, em média, 783 euros nos primeiros três meses do ano", pode ler-se no diário.
Feitas as contas a uma perda de 30 euros por um dos 3,66 milhões de trabalhadores por conta de outrem, a quebra real do poder de compra é de 109,8 milhões por mês ou 1,53 mil milhões por ano.
Entre as razões para esta descida estão novas contratações a salários menores, recibos verdes ou desempregados que se vêem obrigados a aceitar trabalhos com remunerações mais baixas. Apesar disso, o Banco Central Europeu recomenda que os salários desçam ainda mais para aumentar a competitividade e o emprego."
BCE pede a Portugal para baixar salários
Correio da Manhã
"O Banco Central Europeu (BCE) recomenda que os países que pediram ajuda externa, onde se inclui Portugal, baixem os salários para reduzir o desemprego.
Todos estes países necessitam de adpotar reformas ambiciosas e introduzir medidas para aumentar a sua competitividade", lê-se no relatório mensal da instituição liderada por Mario Draghi, citado pelo diário espanhol ‘El País’.
Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e Chipre precisam, de acordo com o BCE, de levar a cabo mais reformas estruturais, que além da redução dos salários promovam também a redução das indemnizações por despedimento. A instituição monetária europeia diz ainda que é preciso que estas economias lancem medidas para "reduzir o desemprego e restaurar a sustentabilidade das finanças públicas."
Entre as principais medidas, o BCE considera vital apostar na diminuição dos custos laborais, baixando o salário mínimo, revendo as leis de protecção laboral, abolindo a inter-relação entre os salários e a inflação e permitindo a negociação salarial a nível da empresa e as margens excessivas.
Para aumentar a competitividade, a instituição presidida por Draghi recomenda ainda que estes países apostem nas privatizações, na inovação e em iniciativas que promovam a criação de negócios."
É com isto que Passos Coelho se identifica
É esta a cartilha que Passos Coelho segue para empobrecer o povo e destruir a economia entregando todas as actividades económicas nas mãos da "iniciativa privada". Bancos, construtoras, grupos económicos, são estes que Passos Coelho serve e é para eles que governa promovendo uma colossal transferência de riqueza das mãos do povo trabalhador para as dos interesses obscuros que tudo querem e tudo roubam.
Enquanto a "elite" politica anda a banhos, de ferias, alguns anónimos fazem o que podem para alertar o povo, levá-lo a acordar, erguer-se e correr com a corja politico-partidária para os calabouços onde devem prestar contas pelas roubos e malfeitorias praticadas.
É o caso dos mails se indignação que circulam na internet. O primeiro teve a sua origem em Espanha, também sob ataque neoliberal, mas aplica-se igualmente a Portugal:
"Em nome dos cortes salariais e do roubo do subsídio de Natal e férias, vamos circular este apelo que ESTÁ CIRCULANDO EM TODA A ESPANHA!
Exigimos também aqui em Portugal :
Reduzir os salários de TODOS os cargos políticos em 50%.
Retirar TODOS os subsídios, abonos ou subvenções. Apenas poderão auferir o salário.
Limitar o salário dos cargos políticos ao valor de 25* salários mínimos (+/- 12.500).
Apenas poderão auferir UM salário.
Reforma para os políticos aos 65 anos de idade."
* 25 salários mínimos é muito para Portugal. O limite deveria andar pelos 10 a 12!
Para que não haja duvidas sobre a justeza destas medidas e contrariando os lacaios do poder que, na televisão e nos jornais tentam fazer crer que os políticos são mal pagos, aqui fica a lista de Vencimentos (anuais) de alguns cargos políticos em 2011:
Presidente da República 122.649,86 €
Presidente da Assembleia da República 98.119,88 €
Primeiro‐Ministro 91.987,46 €
Ministro 79.722,48 €
Secretário de Estado 71.241,40 €
Deputado 49.581,98 €
Gabinetes Ministeriais
Chefe de Gabinete 61.689,88 €
Adjunto 47.610,16 €
Secretário Pessoal 30.336,98 €
Câmaras Municipais
Presidente de Câmara de Lisboa e Porto 63.151,64 €
Vereador 47.076,74 €
Presidente de Câmara 40.000+ eleitores 57.410,66 €
Vereador 42.797,16 €
A lista completa pode ser consultada em Vencimentos de Cargos Políticos
A verdade é que não se produz em Portugal riqueza suficiente para alimentar a gatunagem partidária distribuída por:
3 governos no continente e ilhas
333 deputados no continente e ilhas
308 câmaras
4259 freguesias
1770 vereadores
30000 carros
639 fundações
343 empresas públicas municipais
95 empresas públicas centrais
87 parcerias Público Privadas
4 560 gestores e administradores, ou boys de todos os partidos
500+ assessores
30 000 carros
Para exemplificar o desperdício, para a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados equivalentes à Alemanha teriam de ser reduzidos para menos de metade.
Esta corja partidária é uma das razões porque Portugal é o país da Europa em que simultaneamente se verificam os salários mais altos a nivel de gestores e o salário mínimo mais baixo para os trabalhadores assalariados
O povo português tem de acordar e depressa sob pena de poder vir a ser tarde demais para salvar o País
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