DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 11 de agosto de 2012

O Estado e os partidos

Texto de João Marcelino hoje publicado no Diário de Noticias

 "1. As chamadas parcerias público-privadas (PPP), criadas no tempo dos Governos Cavaco Silva, eram uma razoável construção teórica. Os privados construíam logo. Os governos garantiam e pagavam a prestações. A lógica, a reboque de uma certa ideia de progresso, sobretudo no alcatrão, decalcava a fúria consumista que então se começava a abater sobre a sociedade portuguesa para gáudio dos bancos.
Se as PPP se tornaram o escândalo que hoje se conhece, isso não foi principalmente culpa dos privados. As empresas propõem os negócios que entendem. O problema esteve em que, do outro lado, o dos partidos - perdão, o do Governo -, sempre esses privados puderam contar com gente pouco capaz de defender os interesses do País. Fosse por benigna incompetência ou lá pelo que fosse.
2. A feliz mando da troika, e porque o Tribunal Constitucional também decidiu o que decidiu em relação ao ataque aos salários da função pública e às pensões, começou agora a renegociar-se estas PPP. Em apenas duas, e sem sair do sector rodoviário, o Estado poupou 400 milhões numa e 80 noutra!
Não sabemos se houve muito esforço negocial ou se foi coisa simples em função do eventual carácter leonino de ambos os contratos. O certo é que se fez, e rápido, como o País exige e as finanças precisam.
3. Este exemplo mostra como é frágil o poder em Portugal. Dá-nos uma ideia de como os partidos, que deveriam chegar ao poder para servir o Estado e os cidadãos, sempre que têm oportunidade se aliam aos interesses privados, e só mostram verdadeira vontade reformista perante a absoluta necessidade. Não foi por acaso que, descontada a atual crise da Zona Euro, que amplia a dimensão da nossa precariedade económica, Portugal já vai na terceira ajuda externa desde Abril de 1974.
Mandados, os partidos - perdão, os governos - fazem.
Deixados à rédea solta é o que se sabe.
E é sobre esta realidade brutal que uma ínfima parte dos portugueses, militantes dos partidos, insistem em discutir o acessório: quem é que tem a culpa maior, o PS ou o PSD? Alguns, genuinamente, parecem até acreditar que a polémica, derramada em entrevistas, artigos, intervenções e posts, faz sentido para a grande maioria dos portugueses.
4. Bem se sabe que em todas as sociedades é mais ou menos assim. O Homem, mais as suas fraquezas, vale o que vale - e vale o mesmo em toda a parte.
A grande diferença da sociedade portuguesa, em comparação com as demais europeias, é a fraqueza da sua estrutura de cidadania. Os portugueses, de uma maneira geral, vivem pouco a dimensão coletiva e perdem-se nos seus afazeres. Protestam pouco, vigiam quase nada. Há pouco movimento associativo, faltam candidaturas políticas independentes, seja no poder local seja para a Presidência da República.
Este caminho que desagua nas PPP, no BPN, no Freeport, e por aí adiante, só tem a ver com a forma como os partidos, essenciais ao funcionamento de democracia tal qual a entendemos, têm feito parte do problema"

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