DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Economia e FMI

A imprensa escrita traz hoje diversos artigos muito interessantes.
Dois directores adjuntos do "Correio da Mnahã" publicam nesse jornal dois textos sobre economia, FMI e o imbecil Sócrates.
Já Vasco Graça Moura escreve no "Diário de Noticias" sobre a responsabilidade dos "notáveis" do PS no que se está a passar.
Por ultimo, Paulo Morais no "Jornal de Noticias" escreve sobre a aumento da promiscuidade entre os negócios e a política.

O nível do lixo

Por:Eduardo Dâmaso

"Agora é que não há dúvida: chegámos ao nível do lixo. Ontem, como se não bastasse o Banco de Portugal mostrar que se agravam os números da recessão, que há um recuo no rendimento das famílias e o desemprego cresce até 2012, a dívida soberana ficou classificada a um passo do lixo.

É muito simples: não vamos ter dinheiro, nem emprego, nem uma vida melhor tão cedo. Mais: é preferível pedir rapidamente o resgate financeiro à Europa do que deixar andar esta morte cada vez menos lenta. Para o engenheiro Sócrates, a culpa é da crise internacional e da oposição. A crise tem a sua quota--parte, mas o que esta insuportável degradação da economia mostra é uma coisa que há muito este Governo e todos os outros deveriam ter enfrentado: o desemprego é elevado e persistente há muito; a classe média-baixa está a transferir-se para o universo dos novos-pobres; a carga fiscal e a despesa pública sobem há décadas para ir ‘disfarçando’ a tragédia das contas públicas; a economia é débil e politicamente assistida e controlada a partir do ‘chefe’ em serviço no palácio de São Bento; os salários portugueses há muito que se distanciam da média europeia, e os desequilíbrios sociais e económicos agravam-se de forma irreversível. Quem quiser explicar isto com a crise internacional é um delinquente puro!"

O inútil adiamento do resgate

Por:Armando Esteves Pereira

"A realidade económica, financeira e política de Portugal mostra que pior é possível. O risco da dívida pública está a um passo do nível do lixo, e a agência de notação S&P já desconta que o País não consiga pagar a totalidade da dívida. Esta quebra de notação deve afectar a Banca portuguesa, que fica cada vez mais frágil. E se a Banca tem problemas, é toda a economia que paga.

Naturalmente os juros disparam e, no prazo de 5 anos, os investidores exigem mais de 9%. Com este patamar, Portugal já poupava algumas centenas de milhões de euros se pedisse a ajuda europeia, com a consequente intervenção do FMI. Só que, no actual contexto político, o resgate externo não é possível. Já se percebeu que Sócrates vai fazer desta resistência o principal argumento político da campanha eleitoral e vai culpar o PSD com a história do ‘papão do FMI’. Mas se não for antes, o pedido de resgate será feito a seguir às eleições legislativas, ganhe quem ganhar. Um pobre país, endividado e em recessão, não tem condições de bater as convicções do mercado.

Entretanto, Sócrates aparece neste debate como a vítima da "cobiça" da Oposição. Mas foi precisamente o sentido de "cobiça" e de sobrevivência do primeiro-ministro que o levou a jogar tudo no PEC 4 e a acelerar a crise política. "

Aleluia!

Por Vasco Graça Moura

"Ninguém se lembra de ter visto, nos últimos anos, algumas figuras gradas de extracção socialista a chamarem a atenção do Governo de José Sócrates para as barbaridades que estavam a arrastar Portugal para o abismo e para a irresponsabilidade da governação. Deviam tê-lo feito pelo menos dia sim, dia não, mas não o fizeram.

O país ia-se arruinando, os portugueses iam resvalando para o beco sem saída em que se encontram hoje, o Governo ia garantindo exactamente o contrário daquilo que se estava a passar e dando provas de uma incompetência e de uma desfaçatez absolutamente clamorosas, mas esses vultos tão veneráveis abstinham-se de fazer a crónica dessa morte anunciada, não se mostravam grandemente impressionados com ela e sobretudo não sentiam o imperativo patriótico de porem cá para fora, preto no branco, numa guinada veemente e irrespondível, o que bem lhes podia ter ido na alma e pelos vistos não ia assim tanto.

Devo dizer que não fiquei nada impressionado com os apelos recentes e vibrantes de algumas dessas egrégias personagens, em favor da manutenção do satu quo ante em nome do mesmo interesse nacional que as terá remetido ao mutismo mais prudente sempre que a governação socialista dava mais um passo em frente para estatelar Portugal.

Sou levado a concluir que foram sensíveis, não ao descalabro a que a governação socialista acabou por conduzir o país, mas ao desmoronamento do PS enquanto partido de governo. Não lhes faz impressão nenhuma que Portugal esteja na merda por causa dos socialistas. O que os impressiona deveras é que o PS se arrisque a ficar na merda por causa de tudo o que fez. E então, então sim, apressam-se a invocar alvoroçadamente o interesse nacional, secundados por todo o bicho careta lá do clube que se sinta vocacionado para dar o dito por não dito e o mal feito por não feito e também, está claro, para fazer sistematicamente dos outros parvos.

Tal apelo surge todavia no ensejo menos adequado. Hoje, só faz sentido invocar o interesse nacional para esperar que o PS seja varrido impiedosamente de qualquer lugar de preponderância política e que a ignomínia da governação socialista fique bem à vista para a conveniente edificação das almas."

Via verde para roubar

Por Paulo Morais

"A lei de financiamento de campanhas já favorecia - e de que maneira! - a promiscuidade entre os negócios e a política. Mas a recente decisão do Governo de aumentar os montantes dos ajustes directos permitidos a governantes e autarcas constitui um verdadeiro convite à roubalheira.

A legislação que regulamenta o financiamento partidário, promulgada há escassos meses, veio autorizar donativos em espécie. Os amigalhaços do partido poderão doravante pagar cartazes, umas jantaradas e até financiar umas viagens. Os valores considerados são impossíveis de quantificar e abrem a porta a todo o tipo de troca de favores e tráfico de influências. Porque os financiadores querem obviamente contrapartidas, é até legítimo que assim seja. Mas como os partidos não dispõem de meios próprios, só podem garantir essas contrapartidas com vantagens concedidas à custa de recursos públicos, que assim são desbaratados. No fundo, quem paga esta orgia somos todos nós.

Quando parecia que o cenário já não poderia degradar-se mais, eis o cúmulo dos cúmulos. O Governo aprovou esta semana o decreto-lei que alarga os montantes dos ajustes directos permitidos a governantes e autarcas, garantindo assim aos partidos meios milionários (públicos!) para que estes favoreçam os empresários seus financiadores. Com as novas regras, um director-geral pode autorizar despesas até 750 mil euros, sete vezes mais do que até agora. Um ministro poderá atingir os 5,6 milhões. Um presidente de Câmara poderá autorizar até 900 mil euros, contra os anteriores 150 mil. Um fartar vilanagem! As entidades públicas serão livres de escolher os fornecedores que muito bem entendem, no secretismo dos gabinetes, sem recurso a qualquer concurso público.

Esta recente decisão do Governo, já de si injustificável, revela-se intolerável em véspera de campanha eleitoral. Serve interesses obscuros e aumenta a opacidade. Até às eleições, as aquisições não justificadas, as encomendas de mercadoria inútil, o favorecimento a privados por despacho, não terão conta. Gastar muito, depressa e sem controlo será a regra."

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