DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Os desempregados ainda não regressaram aos mercados!

Texto de João Lemos Esteves hoje publicado na edição online do "Expresso".

"1. Portugal regressou aos mercados: para alguns fundamentalistas financeiros, o objectivo mais importante foi conseguido. Não se preocupam com os efeitos práticos do feito, nem a sua relevância para a vida dos portugueses: os mercados reagiram positivamente à emissão da nossa dívida pública, logo, a política seguida pelo Governo é fantástica. Extraordinária. Perfeita. É inacreditável como estes fundamentalistas vivem noutro planeta, noutra dimensão que não é o nosso mundo. Basta sair à rua para perceber que há cada vez mais lojas a fechar, o que tem efeitos inequívocos no dinamismo das ruas, há um número crescente de pedidos de insolvência, cresce a miséria e a pobreza extrema. Tudo isto são flagelos sociais - que, em teoria, exigem uma resposta atempada e eficaz do poder político. Em teoria, quando votamos - exercício máximo da nossa soberania, da soberania popular - estamos a optar por um determinado projecto político, cujas virtualidades acreditamos poder resolver mais idoneamente os nossos problemas colectivos. A legitimidade de facto de um Governo decorre, em larga medida, da sua determinação e do seu sucesso na resolução de tais flagelos: incrementar a posição do cidadão na pólis, no Estado, promovendo a melhoria das condições que lhe permitam afirmar-se plenamente como pessoa é, pois, a tarefa cimeira do poder político. Das maiorias parlamentares e dos Governos que delas emanam. Neste particular, o Governo Passos Coelho há muito que perdeu a sai legitimidade. 

2. Com efeito, é verdadeiramente vergonhosa a forma como Pedro Passos Coelho reagiu ontem aos dados que apontam que Portugal caminha para o milhão de desempregados. Um milhão de pessoas, de portugueses, sem perspectivas profissionais, sem o seu "ganha pão", que se confrontam com uma situação desesperante que fragiliza a sua condição de cidadão, de pai, de mãe, de membro familiar preocupado consigo e com os seus. Quem sempre viveu das "cunhas partidárias", dos favores dos seus padrinhos das jotas, que tirou um curso universitário por equivalências ao seu brilhante passado profissional em grupos folclóricos, não sabe que o desemprego não é apenas um problema económico: é um problema social. O desemprego acarreta discussões familiares, a perda da confiança da pessoa em si própria, enfim, a infelicidade pessoal. Ora, para pessoas que só pensam em números, sendo absolutamente insensíveis ao sofrimento dos seus concidadãos, como é o caso de Passos Coelho, o desemprego deveria preocupar pois corresponde a uma "infelicidade agregada". Como é que um Governo pode auto-convencer-se do sucesso das suas políticas quando o nível de desempregados, o número de insolventes aumenta todos os dias? Como é possível? Pior: quando temos a certeza de que este Governo não tem solução nenhuma para o problema dos desempregados. Neste momento, não existe política económica, porque Passos Coelho simplesmente resolveu matar politicamente o Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Santos Pereira é, aliás, gozado no próprio Governo como sendo o "tótó do pastel de nata" (assessor de Miguel Relvas dixit). 

3. O comentário de ontem de Passos Coelho, dando a entender que o número de desempregados, o sofrimento causado aos portugueses é um efeito colateral necessário para o nosso "regresso aos mercados" revela uma insensibilidade chocante. Se tivéssemos um Primeiro-Ministro em condições, hoje estaríamos a discutir um plano de emergência económica e social. Cada português desempregado merece, pelo menos, isso da sua parte, Senhor Passos Coelho. Nem todos tem as facilidades e as cumplicidades de Miguel Relvas..."

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