DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 7 de abril de 2012

Anda tudo doido

Texto de José Eduardo Moniz hoje publicado no "Correio da Manhã"

"Foi à queima-roupa. O Governo suspendeu as reformas antecipadas agindo como um vulgar salteador de estrada, que monta a emboscada escondido atrás das moitas. Não há espírito messiânico que legitime Passos Coelho e Paulo Portas a porem e a disporem dos direitos das pessoas como se fossem coisas descartáveis a qualquer momento.

Percebe-se que a crise exija soluções rápidas e acção determinada. Mas nada justifica que não se passe cartão ao Parlamento e não se discuta, no mínimo, assunto de tamanha delicadeza com os parceiros sociais.

Era sabido que as políticas de austeridade iriam submeter o orçamento da Segurança Social a pressões fortíssimas. Não é em vão que se reduz drasticamente o crescimento, que milhares de empresas têm a falência como destino e que centenas de milhares de portugueses são lançados no desemprego. Percebe-se a dor de cabeça que aflige Vítor Gaspar diariamente ao ver os números da receita fiscal ficarem abaixo do que imaginara.

O que não se admite é a falta de respeito pelos cidadãos em geral e pelos que descontaram uma vida inteira para a reforma, em particular. De uma vez por todas, o Estado tem de reconhecer que não pode dar ao dinheiro que não é seu o uso que lhe apetece.

Na mesma semana, o Governo tratou com insensata frieza matérias extremamente delicadas para a vida das pessoas e das famílias. Na quinta-feira, ao final da tarde, resolveu deixar cair do céu, à entrada do longo fim-de-semana pascal, a bomba da suspensão das reformas antecipadas. Já na véspera, o primeiro-ministro havia decidido aproveitar uma entrevista à Rádio Renascença para anunciar que os subsídios de Natal e de férias para o sector público só regressarão em 2015.

O chefe do Governo abordou a sensível questão dos subsídios como se de uma banalidade se tratasse. Não se deu ao trabalho de antecipar as intenções do Executivo aos deputados nem se incomodou a ponderar a hipótese de falar directamente aos portugueses. Fê-lo sem pés nem cabeça, sem sequer desenhar previamente um esboço de coordenação com o ministro das Finanças, que, no dia anterior, garantira que o que ficara estabelecido no plano da troika seria cumprido. Os dois acabaram por demonstrar que, afinal, tal plano tem geometria variável, ajustada às conveniências de ocasião. Neste tempo em que só os números parecem contar, perdeu-se a noção do valor da palavra dada, de quão ela é importante para induzir credibilidade e gerar confiança. Os malabarismos discursivos de Vítor Gaspar mal disfarçam o embaraço e apenas reforçam a certeza sobre as derrapagens que derrubam as projecções dos teóricos da economia e das finanças que por aí pululam. Depois disto, qual o próximo alvo dos tiros do Governo, à socapa? Os salários? O subsídio de desemprego? Tudo é possível."

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