DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dr. Passos Coelho: os seus falhanços, são os seus falhanços (não de Portugal!)

Texto de João Lemos Esteves hoje publicado na edição online do "Expresso".

Passos Coelho tem de ser responsabilizado politicamente pelos militantes do PSD, sob pena de o partido rapidamente se descaracterizar. Tal como prometido, desenvolverei este tema em próximo artigo. Hoje, porém, julgo pertinente comentar aqui no POLITICOESFERA o serão de pura propaganda política (objectivamente, não estou a insinuar que tenha sido essa a intenção dos responsáveis da estação pública) que a RTP concedeu a Passos Coelho. Repito: propaganda política. As perguntas foram objecto de apertado escrutínio por parte da produção, os convidados estavam sujeitos a apertadas regras (nomeadamente, a de não poderem contradizer ou voltar a direccionar o discurso do Primeiro-Ministro para uma resposta efectiva à questão colocada) e os assessores de Passos Coelho elaboraram previamente as respostas. E este é precisamente o formato de entrevista/questionário/tempo de antena que melhor se ajusta ao perfil de Passos Coelho: Passos Coelho não é emotivo, é excessivamente analítico, muito longo nas suas respostas, muito redondo, nada concreto. Ora, como a pergunta do cidadão escolhido pela RTP era apenas o mote para a intervenção do Primeiro-Ministro, este podia discorrer longamente sobre uma matéria (claro que, nos termos que mais lhe conviesse) sem qualquer contraditório ou interrupções. Qual foi o valor jornalístico do programa? Pouco ou nenhum: para Passos Coelho é muito, muito mais fácil ser questionado nos termos deste formato da RTP do que ser confrontado com questões de jornalistas especialistas em matérias de economia, finanças ou política pura. Devo dizer, aliás, que não obstante o muito apreço pessoal e profissional que tenho por Carlos Daniel, ele foi mais apresentador de um formato de entretenimento do que jornalista: tirando a parte final, limitou-se a apresentar os cidadãos e deixava Passos Coelho responder como lhe aprouvesse. Nem sequer se diga que este formato corresponde ao modelo muito popular nos EUA das Town Hall Meetings: primeiro, nos EUA, são utilizados em debates presidenciais, em que os contendores presidenciais apresentam ideias alternativas respondendo a questões de cidadãos - portanto, nos EUA, há contraditório; em segundo lugar, o moderador tem um papel mais activo, não descurando o follow up das intervenções dos candidatos. Isto já para não dizer que nos Estados Unidos da América, o tempo concedido aos candidatos para responder às questões não é tão extenso como o que foi dado ontem a Passos Coelho. Portanto, como as audiências mostram, muitos portugueses sintonizaram a RTP para ver Passos Coelho ser confrontado com questões difíceis, a dar explicações aos portugueses sobre os insucessos das suas políticas, mas, afinal, foram presenteados com o mesmo discurso vazio, sem qualquer ideia nova e com um discurso cinzento que impressiona pela negativa. 

Pois bem, este é o único ponto que fica do programa feito por encomenda para Passos Coelho: é que o Primeiro-Ministro em vez de estar a salvar o País, está a tentar salvar a sua pele. No fundo, Passos Coelho, no seu íntimo, já atirou a toalha ao chão: sabe que perderá as legislativas, sejam elas para o ano ou em 2015, restando-lhe tentar ficar bem na História. Daí aquele argumento surreal, que revela no limite uma visão totalitária do poder ao reconduzir o sucesso ou insucesso de Portugal ao sucesso ou insucesso de Passos Coelho. Ou seja, eu, Passos Coelho, sou Portugal; e Portugal sou eu, Passos Coelho. Tudo pelo Passos Coelho; nada contra o Passos Coelho. Mais uma vez, Passos Coelho não sabe o que é democracia - não sabe quais são os fins e o métodos de legitimação dos Governos num Estado Constitucional.
 
Como já aqui defendi, Passos Coelho julga que poderá ganhar eleições pelo medo, criando um falso dilema entre ou a política que o Governo está a seguir ou o caos. É um erro crasso com implicações negativas para o interesse de Portugal: é que sem confiança dos cidadãos na política, sem motivação não há política de austeridade ou contenção (reparem que o Governo já mudou o léxico!) que possa resultar. Há gente que é teimosa, mas como é tão competente consegue ter êxito; há gente que é muito incompetente, mas como é humilde consegue rectificar os seus erros. Pois bem, Passos Coelho consegue o pior de dois mundos: é teimoso e é incompetente politicamente. Resultado: o desastre nacional em que vivemos
 
Mas outra implicação que importa salientar, com reflexos no funcionamento interno do Governo. Qual? Veremos no próximo texto.

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