Texto de Joana Amaral Dias hoje publicado no "Correio da Manhã".
Mais um equilibrismo trôpego de um governo que pensa que somos todos palermas.
Justo e populista.
É assim que
se pode caraterizar o corte nas subvenções dos políticos, criadas nos
anos 80 por Rui Machete (esse), apesar da zanga do CDS que achava que
era pouco. Em 2005, Sócrates alterou o regime, com a oposição do PSD e
sem retroatividade. Agora, no rescaldo das eleições e da constatação de
que os portugueses não querem estes políticos nem dados, o governo
PSD/CDS quer cortar nessas pensões.
Que
conveniente. Faz ressonância do ódio à classe e ainda tenta camuflar os
últimos golpes, nomeadamente o abjeto nas pensões de sobrevivência.
Toma-se esta decisão certa, ainda que sem impacto no bolso dos
contribuintes, pelos piores motivos.
Se o
executivo pretendia responder às angústias dos cidadãos sobre
governantes e quejandos teria permitido que os ‘seus’ deputados
estivessem abertos a ponderar listas de independentes. Mas não, e isso
foi das poucas coisas em que Passos Coelho foi claro no seu big brother
desta semana. Enfim, mais um equilibrismo trôpego de um governo que
pensa que somos todos palermas, mostrando assim e até à náusea a sua
mais completa imbecilidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário