DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Matança dos cordeiros

Texto de André Macedo hoje publicado no "Diário de Noticias"

1.Sobram cada vez menos cordeiros para a matança. Os impostos sobre o trabalho e o consumo já entraram na zona proibida. Mais carga só significa aumento marginal das receitas. É a curva de Laffer, a exaustão, o pesadelo de Maria Luís. Aperta-se, espreme-se, sufoca-se a economia, destrói-se a confiança, ameaça--se, justamente, enviar os delinquentes fiscais para um catre na prisão da Carregueira, mas só pingam umas gotas sofríveis, uns respingos que não matam a sede. Não dá para sacar mais nada com expressão nas contas públicas.

2.Sobram as talhadas nas pensões (algumas corretas) e os cortes salariais nos funcionários públicos. Pergunto: não seria mais sério despedir? Se o Tribunal Constitucional encontrar maneira de fazer um mortal encarpado e se aprovar grande parte deste Orçamento - há uma remota hipótese de isso acontecer -, também fica esgotado este naco de chicha. Como será então 2015? Como se irá reduzir o défice para 2,5%? Não será com crescimento económico que se veja. Não assim. E se o TC chumbar, aumenta-se mais o IRS só para iludir o Excel e satisfazer por instantes o apetite da troika?

3.O secretário de Estado Hélder Rosalino justificou o não ter apresentado a reforma da tabela salarial pública porque ainda vai ter de a estudar. Portanto, dois anos depois ainda está perdido no labirinto, mas já cortou os salários a partir dos 600 euros e transformou os milionários que recebem dois mil brutos em gulosas fontes de receita. A culpa não é de Rosalino. Quer dizer, não há reforma das funções do Estado. Há cortes, há dívida e há défice. Minha, sua e de todos. Entretanto, o Estado continua a fazer o que fazia, nalguns casos com menos dinheiro, noutros sem dinheiro nenhum, sempre com menos qualidade, sem orientação, a eito. Um dia a ponte vem abaixo ou então outra coisa qualquer.

4.As empresas de energia e os bancos queixam-se da nova taxa que vão pagar. É legítimo que reclamem. Digo, é até saudável que confrontem o poder em vez de se aninharem nos seus tentáculos rentáveis. O que me enoja é ver antigos políticos, servidores públicos - gente que agiu em nome da confiança democrática passada pelos eleitores -, vestir a pele dos interesses privados como se não tivesse havido ontem nem houvesse amanhã. Só conta o cheque no fim do mês. Logo eles que ainda há pouco (o que digo?), ainda hoje dizem saber o que é melhor para o País. Os senadores. Os sábios. Os sabidos e mais ouvidos. Faça favor sr. doutor, vossa excelência elucide-nos, tenha paciência. Não me oponho ao que defendem. Não. Indigna-me que se esqueçam. Nunca tenham sabido o que é o bem comum.

5.Qual é o preço corrente de um homem sério e consequente? Já não há homens sérios e consequentes? Ninguém tem a obrigação de se dedicar totalmente à eliminação do que está errado (cito Thoreau), mas é seu dever não dar apoio à iniquidade. Muitos dos nossos servidores públicos são assim: caçadores de cargos. Gente iníqua que nos trouxe até aqui não nos tirará daqui. Precisamos de um governo melhor, gente melhor. Sobram cada vez menos cordeiros para a matança. Um dia, então, alguém se levantará.

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