DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Missão impossivel

Texto de Eduardo Oliveira Silva hoje publicado no  jornal "i"

Ao impor metas inatingíveis, o governo arrisca-se a que o seu fracasso seja ainda mais rotundo

O plano que o governo de Pedro Passos Coelho traçou desde o início é uma tentativa de chegar à quadratura do círculo, que se sabe ser geometricamente impossível.

Ir além da troika para fazer um ajustamento em cerca de dois anos era suicida, uma vez que se baseava numa busca imediata de recursos através de um aumento brutal e insensível de impostos, e não de um corte na despesa. Este foi sendo sucessivamente adiado, pelo menos naquilo que era a sua substância, uma vez que não se puseram verdadeiramente em causa os grandes contratos, os custos redundantes, os fornecimentos de terceiros duvidosos, antes se procurando uma racionalização com sacrifício dos cidadãos comuns.

O fracasso do plano está hoje à vista e não há melhor prova disso que a própria deserção de Vítor Gaspar, cuja política foi um autêntico flop, qualquer que seja o ângulo de que a analisemos.

O grande problema é que o legado que deixou já não permite grandes alternativas a Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, que de economia e finanças públicas pouco ou nada sabem além da produção de sound bites pontuais, ora optimistas ora catastrofistas. E assim sendo vamos confrontar-nos com uma fase ainda mais complicada e sem expectativas de uma verdadeira retoma.

Pelo contrário. Os dados que vão chegando ao conhecimento público apontam que o célebre corte na despesa se faça através do sacrifício, seja diminuindo remunerações, seja eliminando postos de trabalho ou cortando ainda mais nos apoios sociais e nos direitos dos reformados.

Um percurso desta natureza vai fatalmente atirar Portugal para um clima de completa e absoluta depressão, que é bem expressa pelo facto de o fosso que nos separa da Europa se ter agravado 10% desde que entrámos para o euro.

Nas actuais circunstâncias, fica-se entretanto com a sensação, ou melhor, a certeza, de que o governo se precipitou quando fechou a negociação das duas últimas avaliações sem esperar pelos resultados eleitorais das autárquicas.

Foi uma oportunidade perdida, porque o resultado globalmente negativo da coligação poderia ter sido explorado no sentido de impor uma flexibilização do défice, exactamente como a circunstância de existir um Tribunal Constitucional não deve ser diabolizada, mas apresentada como uma realidade incontornável e factor de uma democracia consolidada.

Assim sendo, a tentativa voluntarista a que assistimos de forçar todas as portas para impor uma meta inatingível apenas contribui para que, dentro de alguns meses, o fracasso dos propósitos seja mais evidente, inviabilizando de vez toda e qualquer perspectiva de entendimento com o Partido Socialista sem recurso prévio a legislativas.

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