Texto de Joana Amaral Dias hoje publicado no "Correio da Manhã".
"Passos Coelho decidiu fazer uma
pequena-micro-nano remodelação. Uma mexida mais profunda, em plena
discussão do Orçamento, podia ser complicada. Mas as razões para os
serviços mínimos são outras.
O PM não quer e, sobretudo, não pode reestruturar.
Resiste mais do que os governos anteriores, desagradando a Cavaco Silva
que assim terá mais dificuldades em fazer-se de morto, porque não é tão
simples encontrar quem queira ir para o governo e quem devia sair – como
Miguel Relvas – não é tão simples de pôr fora. E uma remodelação até
pode ser o precipitador para o fim. Que o diga Santana Lopes.
Mas
há mais. Quem entra reforça o PSD, castigando Portas. Já a indicação de
um vice-presidente do PSD para a secretaria de Estado das Finanças só
pode servir para acautelar as privatizações em saldo e opacidade. Tal
como a saída do secretário de Estado da Energia representou uma cedência
aos interesses instalados desse poderoso sector. Nenhuma remodelação
muda políticas. Mas está visto que as de Passos não servem para que tudo
continue na mesma. Servem para que tudo piore. Continuadamente."
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