DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 20 de outubro de 2012

Prisioneiros

Texto de João Marcelino hoje publicado no "Diário de Noticias"

"1 Passos e Gaspar obedecem à troika, aos objetivos e àquilo que entendem ser a sua obrigação. A prova está neste Orçamento do Estado. Acreditam que assim aplacam as fúrias dos mercados e merecerão a simpatia da Europa do Norte na altura certa, ou seja, naquele momento fatal de incapacidade para cumprir que inevitavelmente chegará. Sabemo-lo nós - e por maioria de razões o sabem eles que falharam o controlo das contas este ano.
A oposição faz coro em uníssono porque a verdade é que se demonstrou que esta terapia agrava a doença. Até o FMI já o admite. Com um ajustamento feito à pressa, violento, vem a recessão, o défice aumenta, com ele a dívida nem sequer estagna. E a economia, em consequência de tudo isto, afunda-se, fechando empresas, rebocando os números do desemprego.
Nas ruas desaguam perigosamente cada vez mais descontentes. Quem elegeu o Governo, porque queria um Estado reformado, mais pequeno, sente-se enganado. Quem votou noutros partidos, ou nem sequer votou, nunca esperou grande coisa mas estava longe de imaginar a fúria fiscal em curso. Toda a gente sabe que a vida vai piorar. O País perdeu independência. Pela terceira vez desde o 25 de Abril necessitou de ajuda externa. E isso também as pessoas debitam aos dirigentes políticos, sem conseguirem descortinar diferenças entre estes e os outros. Iremos ver em que ambiente decorrerá a discussão do OE no Parlamento e nos espaços adjacentes.
2 Ainda assim, Paulo Portas entende que tem espaço para fazer política. Ou seja, arranjar um álibi que torne compreensível aos eleitores o facto de ser absolutamente incapaz de cumprir a palavra dada, a propósito de aumento de impostos, naqueles tempos inflamados em que verberava Sócrates ou até num momento mais recente quando escrevia aos militantes do PP mensagens para Portas e Gaspar...
Pronto. Portas está envergonhado. Sente que se ainda fosse jornalista não perdoaria tremenda cobardia política. Conforta-o, e julga ele que lhe vale, o argumento da imperiosa necessidade nacional de ter um Orçamento porque "o País não pode ter uma crise política". De facto, não pode. É por isso, só por isso, que assinou dois momentos de ficção em menos de um mês. E já agora: com que utilidade?
3 A pergunta de Manuela Ferreira Leite resume o pensamento de muita gente: "Que interessa não falir se vamos estar todos 'mortos'? Se Portugal conseguisse chegar aos 2,5% de défice no final de 2014 e, antes, aos 4,5% em 2013 - repito: coisa em que nem sequer "eles" acreditam - que País existiria nessa altura? Que fatura social teria de ser paga? Quantos desempregados, quantas falências, quanta infelicidade?
Estas são as perguntas que deveriam ser feitas por políticos. In-felizmente, neste momento parece que só temos técnicos, feitores satisfeitos em tirar fotos "à direita de", que não acreditam em protagonizar iniciativas, se acham insignificantes à escala europeia. Provavelmente é a única coisa em que estarão mais ou menos certos.
António José Seguro ao menos mexe-se sem complexos. Esteve com Hollande, foi ontem a Berlim. Pode parecer pouco mas é alguma coisa. A Europa tem de saber que Portugal quer cumprir mas está a caminhar para o desastre social."

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