DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Resgatar Portugal

Texto de Manuel José Manuel Pureza hoje publicado no Diário de Noticias.

"A execução do programa de reengenharia social do Governo assenta em três dispositivos. Primeiro, o princípio de quem paga manda e a substituição da soberania popular pela soberania dos credores. O Governo invoca a troika para governar porque é de facto a troika quem governa. Quanto mais se apaga nessa submissão, mais o Governo governa. O segundo dispositivo é a argumentação de que a governação goza de um apoio social e político alargado. Isto trocado em miúdos significa duas coisas: primeira, que o povo compreende e aceita as medidas de austeridade e que só meia dúzia de contestatários as põem em causa; e segunda, que a aplicação custe o que custar do memorando de entendimento com a troika se fará tanto melhor quanto mais tempo a UGT e o Partido Socialista ficarem atrelados à execução do dito memorando. O terceiro dispositivo tem sido o discurso de que não há alternativa. É um dispositivo hábil de redução do espaço da política, na exata medida em que elimina escolhas ou as desqualifica para o senso comum.

O crescente isolamento do Governo - facto maior da política portuguesa atual - resulta da implosão rápida dos dois últimos dispositivos. A base social ampla de que o Governo se vangloriava estilhaçou-se num ápice. Não apenas nas manifestações: o descrédito do Governo é algo que se respira em todos os sectores e em todas as geografias do País. E, como todas as sondagens vêm demonstrando, essa implosão social vai-se transformando em implosão política, com a base de apoio ao memorando a ser fortemente penalizada pelas indicações de escolhas dos eleitores.
O descrédito da governação é também o descrédito do discurso ideológico de que não há alternativas. O suporte desse discurso tem sido o medo. Mas esse medo - de que se a política da bancarrota falir, venha a bancarrota; de que se a penalização sem fim do país for posta em causa, virá a penalização sem fim do País - está a evidenciar a sua inconsistência. Cada dia as pessoas percebem melhor que o estrangulamento das suas vidas tem origem na orientação recessiva para o País e que sem romper com essa orientação o horizonte será sempre pior. Mas mais: as pessoas já não aguentam mais a mentira do "não há alternativas". Os cidadãos comuns sabem que há uma tributação do capital que teima em nunca ser feita e que, por isso, há alternativa a contínuos aumentos de impostos sobre o trabalho; sabem que há mordomias para os amigos que passam sempre incólumes nas sucessivas "medidas adicionais" e que, por isso, há alternativa ao desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde; sabem que há rendas milionárias inexplicáveis pagas aos privados que operam em monopólios naturais ou a quem saiu a sorte grande em parcerias público-privado e que, por isso, há alternativa à extorsão das reformas para que os mais velhos descontaram ao longo de décadas de trabalho.
Sem base social, com uma base política oscilante e sem qualquer credibilidade para insistir na estafada retórica da falta de alternativas, o Governo já só tem a troika e mais ninguém a seu favor. Há alternativas, sim: retirar a economia e a sociedade do sufoco da austeridade e da dívida; desenvolver a economia para reduzir a dependência externa, valorizando o trabalho e salvaguardando o ambiente; defender o Estado social e reduzir as desigualdades; construir uma democracia plena, participada e transparente; dar voz a Portugal na Europa e no mundo.
Diante de uma governação agressora, este é o tempo de materializarmos a única inevitabilidade que está diante de nós: a da obrigatoriedade de outros caminhos que resgatem Portugal. O Congresso Democrático das Alternativas, que hoje decorre em Lisboa, dará voz a esta certeza e trará para o debate público a força de propostas concretas de resgate da democracia e da dignidade do País."

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