DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Aníbal Escavacado Silva

Texto de Tiago Mesquita, publicado no seu blogue "100 reféns" no "Expresso"

Desta feita, a intervenção não foi à porta de uma fábrica de moer cereais. Foi através da única coisa que une verdadeiramente o Presidente da República Cavaco Silva à nação: a internet. Ou melhor, a página oficial de facebook do Presidente Emérito. Rezava assim, no dia de ontem:

"No próximo dia 9 de Março, data em que completo o segundo ano do meu segundo mandato, divulgarei, na página da Presidência da República na Internet, o texto do Prefácio do livro "Roteiros VII", que reúne as intervenções mais significativas que produzi naquele período. Este ano, o Prefácio diz respeito ao modo como deve actuar um Presidente da República em tempos de grave crise económica e financeira, como aquela em que Portugal tem estado mergulhado nos últimos anos."

Em primeiro lugar, percebe-se agora a vida de reclusão do Presidente - estava a escrever e, provavelmente, não queria desconcentrar-se. E um país a afundar pode ser inconveniente. Uma distração à criação literária. De destacar ainda que o Presidente vai finalmente elucidar-nos sobre a forma como deveria ter actuado e não actuou. Vai explicar-nos como deveria ter limitado a actuação de sucessivos governos incompetentes, evitando, talvez, o ponto de ruptura financeira, económica e social a que chegámos. Estou certo de que fará um mea culpa. Assistiu, impávido e sereno, à destruição de um país graças à livre e lesiva actuação de fracos políticos, escavacando-se também ele no processo. É, por isso, corresponsável pelo "escavacanço" generalizado. Das instituições, da política, dos valores, da vida das pessoas.  

Majestaticamente aninhado no seu palácio, viu muitos dos seus acólitos, alguns amigos pessoais, destruírem uma nação. Nunca lhe ouvimos uma palavra sobre o assunto. Fez exactamente o contrário. Há sarcófagos, espalhados em museus por esse mundo fora, com "intervenções [bem] mais significativas" do que as produz Cavaco Silva.

Cavaco praticou uma magistratura passiva. A actividade presidencial pode ser medida pelas aparições sua página oficial no Facebook. Enquanto o país ardia política e socialmente e este se encontrava no estrangeiro, dizia que não falava de assuntos de política interna durante as deslocações ao exterior. Quando, em Portugal, ia visitar as Minas da Panasqueira, mesmo que no Parlamento andasse tudo ao estalo, respondia que durante esse dia só falava de volfrâmio e outros minerais. Enfim...

Na verdade, ninguém está interessado em saber como Cavaco acha que deve actuar um Presidente em tempos de crise. E pela simples razão de que ninguém acha que ele actue, tenha actuado ou vá actuar alguma vez na vida. E quanto maior a crise, mais inanimado fica. Escavacado que está, mais ou menos escavacado ficará. Conseguiu, contudo, provar algo aos portugueses: é possível sobrevivermos sem um Presidente da República."

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