DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

domingo, 3 de março de 2013

Indignação não é parvoíce

Texto de Fernando Santos hoje publicado no "Jornal de Noticias"

"A indignação de milhares e milhares de cidadãos polvilhou ontem ruas e praças de dezenas de cidades portuguesas. Palavras de ordem incisivas e cartazes tão originais quanto críticos das políticas de austeridade em curso deram o colorido a manifestações de desagrado pelo modo como os credores internacionais estão a impor um plano inclinado na qualidade de vida nacional, acolitados por um governo e uma maioria parlamentar agradecidos, obedientes - e ideologicamente identificados.

O protesto sob o lema "Que se lixe a troika" fez a retoma da iniciativa de 15 de setembro do ano passado. Então como agora, a chamada sociedade civil mandou às malvas o enquadramento político-partidário ou, até, sindical - e deu asas a um sentimento genuíno de mal-estar e repulsa pela orientação geral do país. Uma parte substancial do país já percebeu não ter futuro, vive afetada pela pobreza e a degradação das condições de vida dos seus próprios - ou próximos - núcleos familiares e tem, pois, razões bastantes para pressionar a reorientação das políticas em curso.

A virtude da existência de movimentos genuínos de protesto não é negligenciável e, em certo ponto, é mesmo um sinal objetivo de desapoio e desconfiança a quem dispõe da condução política do país, do Parlamento ao Governo, mas sem ignorar também a Presidência da República. Ontem, como em anteriores manifestações, dispondo os contestatários de um acrescido valor: foram capazes de expressar o que lhes vai na alma sem violência gratuita - houve meros arrufos. O protesto civilizado, dentro de regras democráticas, bem pode mesmo servir de fonte inspiradora a criadores de "pins" para uso (orgulhoso) na lapela dos portugueses.

Há uma tendência natural para estabelecer paralelismos entre o protesto de ontem e o de 15 de setembro, inclusive pela apresentação de números. Uma tal propensão fica entretanto condicionada por ambientes divergentes - mas de resultado contestatário igual.

O protesto de 15 de setembro estava alavancado pela patetice e o desastre de uma tentativa de dias antes do Governo de anunciar a intenção de colocar os trabalhadores a substituírem-se ao patronato no pagamento da Taxa Social Única. As consciências abespinharam-se, incluindo a dos patrões, e o protesto foi marcante no recuo de Passos Coelho. É certo, vingou-se mais tarde pela apresentação de um enorme aumento de impostos, mas percebeu então a força da rua.

Se se quiser: o protesto de ontem - agora com a troika em Lisboa a saber se o Executivo cumpre o infernizar de vida aos cidadãos como está programado - é uma sequela do saque fiscal iniciado há dois meses e, por isso, dispôs de menos sangue a ferver. Mas não é negligenciável e vai - tenhamos todos a certeza - gerar réplicas próximas.

Só um tolo não acredita estarem "afinadas" decisões para o famoso corte de quatro mil milhões de euros, e cujo anúncio ficou congelado pela manifestação de ontem. Troika e Governo não são parvos, mas estão enganados quando se acham convencidos de que a parvoíce está alojada nos cidadãos vulgares."

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