DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 7 de maio de 2013

A esquizofrenia moral do doutor Paulo Portas

Texto de Pedro Tadeu hoje publicado no "Diário de Noticias"

"Foi o próprio Paulo Portas que colocou a questão em termos éticos e morais: "Vivo a circunstância política em que tenho de cumprir com o meu dever perante o País e devo também procurar ser quem sou, o que significa estar em paz com a minha consciência."
Imagino que a consciência do cidadão Portas pense que "a liderança é antes de tudo o mais um mistério que nem sempre pode ser explicado pela racionalidade lógica". Talvez por isso o ministro de Estado imponha aos funcionários públicos a chantagem da escolha entre a mobilidade especial - 18 meses com salário reduzido e, depois, desemprego - ou a aceitação de rescisões imediatas.

Imagino que a consciência do líder democrata-cristão se interrogue: "Haverá alguma coisa mais humilhante do que estar condenado a não poder ganhar o seu próprio sustento?" Mas o dever do líder do PP conforma-se em atirar para o desemprego, sem direito a subsídio, mais 30 mil pessoas.

Imagino que a consciência conservadora de Paulo Portas admita que "a inclusão ou exclusão das pessoas feridas e postas de lado define todos os projetos económicos, políticos, sociais e religiosos" e que "uma pessoa que trabalha deve tirar tempo para descansar, para estar com a família, para se distrair", pois "quando o trabalho não dá espaço ao ócio saudável, ao repouso reparador, escraviza". Mas o jurista Paulo Portas acha correto cortar salários a quem já foi, nos últimos dois anos, particularmente castigado e a aumentar o horário de trabalho a, pelo menos, 600 mil pessoas.

Também acredito que o antigo jornalista Paulo Portas acredite que "os direitos humanos não são violados apenas pelo terrorismo, pela repressão ou pelo assassínio, mas também pelas estruturas económicas injustas", e que critique o facto de "na cultura predominante de corte neoliberal, o imediato, o visível, o rápido, o superficial ocupem sempre o primeiro lugar e o real ceda a vez à aparência". Mas o político Paulo Portas, vergado pela pressão da ilusória solução rápida para os nossos problemas, prefere cortar 4800 milhões de euros em serviços prestados pelo Estado sem saber muito bem onde a cegueira dessa amputação vai cair.

O católico Paulo Portas aceitará como dogma todas as frases do Papa Francisco - as que citei, entre aspas, e também esta: "A medida de todos os seres humanos é Deus, não o dinheiro." O governante Paulo Portas, não.

Que Portas defenda a sua política, está certo. Que nos atire com moral à cara, está errado. Infelizmente, o forte cheiro a hipocrisia cobre qualquer aroma de honestidade intelectual ...

Resolva lá sozinho, senhor ministro, o seu problema de consciência, essa sua esquizofrenia moral.

Sem comentários:

Enviar um comentário