DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 4 de maio de 2013

Basta!

Texto de Nuno Saraiva hoje publicado no "Diário de Noticias"

"A comunicação ao País do primeiro-ministro arrancava de forma promissora: "Chegou o momento de relançarmos o investimento privado." Mas, minutos depois, percebemos que, mais uma vez, a ditadura das Finanças prevalece sobre a agenda do "fomento industrial". Nem uma palavra sobre crescimento, nem uma ideia sobre combate ao desemprego, nem uma sugestão sobre revitalização da Economia, nem uma mensagem de esperança para o interminável exército de empobrecidos que vai penando com dificuldades. Nada.

Ao contrário, voltou a agarrar no serrote e, mais uma vez a eito, avançou sobre a idade da reforma, criou um novo imposto para as pensões, anunciou a revisão em baixa das tabelas salariais da administração pública, decretou o aumento do horário de trabalho dos funcionários públicos para as 40 horas semanais, apregoou um programa de rescisões/despedimentos que atingirá 30 mil trabalhadores do Estado e determinou um novo corte de 10% nos encargos dos ministérios que, suspeito eu porque não foi dito, irá concentrar-se na Educação, na Segurança Social e na Saúde.

Ficou claro, mais uma vez, que estamos em estado de guerra. E que de um lado está o Governo e os seus acólitos - cada vez são menos, é certo - e do outro estão os portugueses. Perante a evidência do fracasso da receita que está a ser seguida, o Executivo, em vez de levantar a voz e dizer "basta!" a quem persiste na intenção de matar o doente com a cura, continua a comportar-se como encarregado obediente e subserviente dos credores em Portugal.

Sabemos inclusive que o ministro das Finanças, do alto da sua genial e proverbial inteligência, e com a sobranceria de quem "não foi eleito coisíssima nenhuma" mas ungido, utilizou o Documento de Estratégia Orçamental, o famoso DEO, para, nas instâncias internacionais, dizer mal de Portugal e dos portugueses, classificando como "irresponsáveis" todos os malandros que o antecederam. No fundo, Vítor Gaspar comporta-se como um ministro de Pétain, na França de Vichy. Isto é, tal como a minoria colaboracionista de 1940 a 1944, também o diligente delegado da troika em Lisboa obedece, orgulhosamente, à política de destruição do Estado e da economia portuguesa. Sim, porque é disso que se trata. De nada valem as medidas avulsas para estimular o crescimento económico e o fomento industrial apresentadas por Álvaro Santos Pereira, se depois chegam Passos e Gaspar e matam à nascença todas as possibilidades de recuperação económica.

Que ninguém se iluda. O novo pacote ontem apresentado, a pretexto de dar resposta ao chumbo do Tribunal Constitucional a medidas consideradas ilegais, só vem criar mais desemprego, agravar a recessão e destruir, ainda mais, a economia.

O tempo é, pois, de dizer basta. Basta da desonestidade de afirmar que não há alternativas. Basta da falácia repetida vezes sem conta sob a forma de discurso único de que "renegociar o ajustamento" é sinónimo de não querer pagar a nossa dívida. Basta de nos enganarem sistematicamente com a promessa de que "os sacrifícios valerão certamente a pena". Basta de nos fazerem de idiotas garantindo que "não haverá mais aumento de impostos", como se a nova contribuição especial ontem anunciada não fosse uma nova taxa. Basta, como dizia Manuela Ferreira Leite, de nos imporem austeridade "em nome de nada". Basta de fingirmos que o consenso não existe, quando é absolutamente claro que ele aí está, porém de sinal contrário àquele de que o Governo gostaria. Basta.

António Nóvoa, o reitor da Universidade de Lisboa, dizia ontem que "em tempos tão duros como os de hoje ninguém tem o direito de ficar em silêncio". E rematava: "É tempo de dizer não. Não a um País sem futuro." E eu acrescento, é tempo de dizer basta."

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