DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Gaspar, o papão

Texto de Helena Cristina Coelho hoje publicado no Diário Económico.
  
"Ao revelar no Parlamento, mesmo sem grandes revelações, o Documento de Estratégia Orçamental para os próximos anos, o ministro das Finanças deixou dois caminhos à escolha do país que o quis ouvir.

O primeiro, a que ele chamou de "sentido de responsabilidade", passa por acatar as duras decisões de austeridade para saldar dívidas, honrar compromissos e seguir em frente, custe o que custar. O segundo, a que chamamos nós de "ameaça", passa por ignorar essa agenda da austeridade imposta e as reformas estruturais necessárias, o que irá resultar, avisa um alarmado Vítor Gaspar, em um de dois destinos trágicos: na versão radical, os portugueses caem na bancarrota e saem do euro sem honra nem glória; na versão mais mitigada, resta-lhes o penoso caminho das pedras e a penitência de verem a sua soberania encolhida e vergada durante longos e indefinidos anos.

Vítor Gaspar, que aqui se mostrou na versão ‘bicho papão', na verdade, não apresentou dois caminhos, mas apenas um. E também não revelou o caminho que espera os portugueses, mas sim aquele que já começaram a fazer há algum tempo - ou o ministro andará tão concentrado nos seus ficheiros excel que se esqueceu de olhar pela janela do Terreiro do Paço e ver o que se passa nas ruas do país e tudo o que os portugueses andam a sacrificar desde o dia em que a ‘troika' entrou nas suas vidas?

Essa via de sentido único em que Portugal entrou forçado há dois anos já inclui todas essas realidades: o ajustamento orçamental à custa de medidas de austeridade, carga fiscal e cortes de despesa, a reforma do Estado (ou vestígios disso) à conta de mudanças (ainda escassas) nas administrações públicas, e até o enfraquecimento da sua autonomia política e económica por causa da dívida que carrega e que o tornou refém de poderosos e intransigentes credores. Arriscar este caminho já não é uma ameaça, é a realidade dos portugueses desde, pelo menos, o primeiro dia do memorando.

Vítor Gaspar escusa, por isso, de tratar os portugueses como crianças mal comportadas, a quem é preciso assustar com a ameaça de que a Europa deixa de ser amiga ou de que podem ser expulsos do recreio do euro, apenas para garantir que fazem tudo que se lhes pede sem questionarem nada. E escusa de o fazer por duas razões. Primeiro, porque os portugueses já deram mais do que uma prova de que são responsáveis e que, mesmo contrariados, são capazes de honrar os seus compromissos e sacrificar-se até para lá do que é razoável.

Segundo, porque talvez já seja altura de o Governo falar mais para dentro (e menos para fora) do país e comprometer-se com verdadeiras medidas para reformar (a sério) a máquina pública, acabar com as dependências injustificadas do Estado e acertar de vez as contas que, dizia ontem Passos Coelho, andam desacertadas desde o primeiro dia da democracia.

Daqui a um ano, o país vai acordar sem ‘troika' e aí Vítor Gaspar já não terá esse ‘bicho papão' para se proteger - mas vai ter ainda os mesmos problemas monstruosos a assombrá-lo, como a dívida e o défice e a recessão e o desemprego. O Governo sabe disso, os portugueses também. Por isso, em vez de se preocupar em inquietar o país com o pior que pode acontecer, devia preocupar-se em fazer o melhor para o evitar. Para susto, já chegam as contas e os salários no final do mês, a falta de emprego, a carga de impostos - e cada novo anúncio de austeridade."

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