DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pó(s)

Texto de Sandro Mendonça, Economista do ISCTE-IUL, hoje publicado no "Diário Económico"

Falarem-nos em “pós-Troika” é atirarem-nos pó para os olhos. Pior do que não querer ver é não deixar ver.Se o País não tem pão há, porém, quem insista em torná-lo pelo menos um circo.

Os intermináveis conselhos de Estado e as maratonas dos conselhos de Ministros parecem levar cada vez mais tempo, como se os artistas se esmerassem por se caracterizar cada vez melhor antes de entrarem em cena. Tal é fácil de explicar. As rugas dos seus argumentos e a caduca velhice da sua credibilidade aparecem expostas às luzes do triste espectáculo em que se tornou a governação.

O resultado do ‘show' não convence. O ‘stock' de manobras de diversão esgotou-se, a imaginação faliu. Presidente e Governantes têm os bolsos vazios de ideias. E é então, por entre os assobios e os protestos da multidão, que os ‘performers' ensaiam o seu último truque: soprarem o pó da sua própria maquilhagem para os olhos da audiência.

As forças políticas da actualidade têm tudo o que pediram. Estes embaixadores da chantagem externa, unidos a uma banca nacional que sugou o Estado democrático da sua sustentabilidade, têm tido à sua volta uma moldura ideológica e institucional (FMI, BCE, Comissão Europeia e a OCDE) que lhes permitiu políticas bem para lá dos interesses nacionais, da racionalidade económica e dos direitos sociais.

É o próprio Carlos Moedas que diz: foi um "choque" útil (para alguns). É Poiares Maduro (o novo retórico-em-chefe da trupe governativa) quem melhor ilustra a perda de subtilezas: acusa o Tribunal Constitucional de ser pior que os conservadores norte-americanos e insulta os Parceiros Sociais batendo com a porta a meio de uma reunião de trabalho.

A ambição do Gasparismo é haver ‘troika' para além da ‘troika'. O plano é hoje óbvio: não deixar o país levantar-se mais pelos seus próprios meios. Regressar aos mercados é estarmos de novo à mercê de especuladores (tão desregulados como no período pré-'troika'). Afinal o sonho de Sá Carneiro é um pesadelo. Um Presidente, um Governo, uma Maioria... uma Miséria.

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