DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Os novos escapistas da política

Texto de Paulo Ferreira hoje publicado no "Jornal de Noticias"

O alívio da consciência de Paulo Portas vale quanto para os milhares de portugueses cujo quotidiano está transformado num inferno? A resposta é fácil: zero. Esse é o valor facial da lenga-lenga que nos foi contada pelo ministro de Estado no final da tarde de domingo. Diz o líder do CDS-PP que a coisa, no Governo, está deste modo: é ele ou o novo imposto sobre as reformas. E, estando assim, a coisa é ameaçadora para Passos, para a troika e para o país (por esta ordem, de acordo com as conveniências de Portas). 

Diz o povo - e com razão - que o dente morde a língua e mesmo assim vivem juntos. O líder centrista fez um exercício do género: deu uma mordidela, ao vivo e a cores, em Passos Coelho. Sucede que o primeiro-ministro conhecia de véspera a hora e a extensão da dentadinha, pelo que a dor foi escassa. Como o dente e a língua, Portas e Passos estão condenados a viver juntos até que o barco afunde de vez, sendo que nenhum está especialmente interessado em disparar o tiro que abrirá o decisivo rombo na embarcação.

O exercício de Paulo Portas foi, portanto, coisa digna do tradicional e vetusto chico-esperto, o indivíduo que, cheirando o benefício à distância (e nisso, verdade seja dita, o líder do CDS-PP é mestre), procura assegurar a vantagem pessoal, mesmo que daí resultem danos de monta para os incautos.

Que vantagem é essa? Simples: aposto singelo contra dobrado em como o imposto sobre as reformas cai do conjunto de medidas apresentadas por Passos Coelho.

Paulo Portas poderá então dizer que foi ele o elemento determinante no recuo.
O primeiro-ministro poderá então dizer que, ao contrário do que por aí se diz, ele tem alma, sofre como todos os indígenas e, sempre que o Excel o permitir, é homem para voltar atrás em defesa dos mais desfavorecidos.

Vítor Gaspar poderá então dizer que, tal como Passos, também o coração dele sangra, e a prova aí está: ele também é homem para engrenar a marcha à ré, desde que as (suas) contas batam certo.

É puro ilusionismo político aquilo a que estamos a assistir. Passos e Portas são os novos escapistas da política portuguesa. O líder centrista é mesmo uma espécie de Houdini, tão impressionantes são as suas habilidades. O famoso mágico morreu quando se preparava para exibir a sua incrível resistência torácica mergulhando numa caixa de água sem respirar. Um boxeur amador foi aos bastidores e destrui-lhe o apêndice com dois socos. Aqui, a coisa está invertida: são os escapistas que não param de surrar a assistência. E, como se isso não lhes bastasse, ainda fazem números de circo para amenizar a dor do público. Que, como se sabe, tem imensa vontade de rir.

Não está mal...

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