DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A nossa vida para além do défice

Texto de Domingues de Azevedo, Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, hoje publicado no  Diário Economico.

"Terminaram as férias e pelos vistos também terminou a ilusão que o Governo foi alimentando nos portugueses de que os sacrifícios estavam realmente a valer a pena.
A expressiva derrapagem no défice foi o golpe de misericórdia numa estratégia que dificilmente, desde o início se viu, terminaria da melhor maneira.
A 28 de setembro do ano passado, nesta mesma coluna do "Diário Económico", conclui o meu artigo da seguinte forma: "(...) Acontece que mesmo com esforço e sacrifícios, poderemos não morrer da doença, mas tenho muitas dúvidas que sobreviveremos à cura".
Não me dá particular orgulho recordar premonitórias palavras, apenas quis manifestar a minha opinião, em jeito de alerta. E o que é que eu quis dizer? O tempo simplesmente confirmou os piores presságios. Portugal vai sobreviver à terapia, mas com sequelas para muitos anos.
O país que sai deste brutal ajustamento que nos aplicaram está mais frágil, mais desprotegido, com uma legião de desempregados, milhares de empresas que declaram falência, receitas fiscais em queda, fraude e evasão fiscais em alta.
E, na essência, o Governo falhou a sua estratégia cega de ir além da ‘troika' e de acelerar o processo de ajustamento.
O pecado original deve ser identificado aquando da assinatura dos termos do memorando e a subserviência demonstrada quanto às soluções apresentadas, todas elas com uma visão demasiado fundamentalista nos aspetos financeiros, descurando o impacto negativo que a curto/médio prazo teriam no coração da economia portuguesa.
Insistiu-se em recuperar a economia em três anos, depois de mais de três décadas de desmandos que ainda estamos e continuaremos a pagar com língua de palmo.
Apostou-se tudo num objetivo instrumental, o défice, e descurou-se por completo a aposta numa estratégia de futuro, pelo menos que não violentasse em demasia o tecido económico. Mas há vida para além do défice? Claro que sim, mas não é francamente animadora.
Enquanto isso, os nossos credores, ou os senhores da ‘troika', se preferirem, desdobram-se em reuniões em plena quinta avaliação do cumprimento do plano de ajustamento, por quase todos apelidado de determinante para o futuro de Portugal e especialmente para o que será, em substância, o Orçamento do Estado para 2013.
Salvo passe de mágica, espera-nos uma de duas soluções: ou a ‘troika' flexibiliza as metas traçadas e concede-nos alguma tolerância de tempo ou então preparemo-nos para mais austeridade, fazendo definhar ainda mais particulares e empresas. Mais do mesmo, certamente.
O que é confrangedor é ver um povo historicamente engenhoso e criativo, universalmente conhecidos pela rara mestria em ultrapassar dificuldades, sem esperança e aprisionado por uma teia que a todos imobiliza.
Na próxima semana ouviremos da boca do ministro Vítor Gaspar os resultados da quinta avaliação. Até lá resta-nos alimentar alguma dose de especulação sobre as próximas etapas. Que trunfos vai Passos Coelho tirar da cartola? Certamente que não voltará a repetir que a recuperação começa em 2013."

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