DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sábado, 15 de setembro de 2012

Um homem só

Texto de João Marcelino hoje publicado no Diário de Noticias

"1. O erro de Passos Coelho é muito comum entre os decisores nacionais, e não apenas políticos. Acham que tudo é técnico. Decidem, está decidido. Inevitavelmente, obedecerá quem deve. Não conseguem ouvir mais do que alguns segundos e estão rodeados de consultores, assessores e outros seres, que avisadamente se preparam com esmero para lhes dizer sempre o que eles gostam de ouvir. Até que um dia...
Para Passos Coelho esse dia chegou, inesperadamente, pouco mais de um ano depois da tomada de posse - e isso, pela rapidez, é que é estranho.
Em dez minutos apenas, entre um jogo de futebol e uma ida a um concerto, o primeiro-ministro forneceu o pretexto que delapidou o formidável consenso nacional por detrás das medidas de austeridade impostas pela troika de credores.
Antes, acredito, Passos Coelho não terá investido muito tempo na previsão do impacto social da "genialidade" técnica da TSU fabricada pelo Ministério das Finanças. Agora, descortino, estará desgostoso com um país que o não entende e, no limite, nem sequer o merecerá...
Se for mesmo assim, o diagnóstico é fácil: autismo.
2. A insensibilidade social que é preciso ter para impor um financiamento do trabalho ao capital, dos trabalhadores aos patrões, em plena maior crise económica, financeira e social dos últimos 35 anos, pelo menos, fica registada. É uma nódoa. E os verdadeiros empresários, os que criam riqueza e empregos afastados do conforto dos monopólios ou da permanente traficância com o poder em exercício, nem sequer agradecem, porque sabem que arrefece a economia e no fim da linha os prejudica.
Passos Coelho tornou-se, num fugaz instante, um homem só. É fustigado pelo interminável silêncio de Paulo Portas, pelos variados recados dos amigos próximos de Cavaco Silva, alguns deles que, solenemente, se vão reunir no Conselho de Estado que o Presidente convocou já para o fim da próxima semana, e pela incomodidade geral do PSD. Todos eles ampliam o coro de desespero das pessoas ofendidas a que os partidos da oposição naturalmente se colaram e tentam representar.
O ambiente político no País está à beira de uma explosão de cidadania nas ruas e o primeiro-ministro só pode queixar-se de si próprio. Exorbitou no papel do capataz que, por excesso de zelo, arrisca acabar odiado por uns e será, então, descartável pelos outros.
3. A queda do Governo seria, no entanto, o pior que poderia acontecer a Portugal neste momento. Então, sim, transporíamos de um salto a já pequena fronteira que nos separa da Grécia.
Por isso mesmo, pelas responsabilidades que tem na atual situação do País, sobretudo pela insensata proposta da TSU, Passos Coelho tem de saber sair rápido desta situação. Uma semana começa a ser muito tempo. A entrevista à RTP mostrou que ainda hesita entre avançar e recuar. E, no entanto, por respeito aos portugueses, sobretudo aqueles que acreditam na União Europeia, no euro e não desistem de ser honrados querendo pagar os seus compromissos internacionais, o primeiro-ministro tem de encontrar urgentemente uma saída para esta crise que ele próprio provocou.
Paulo Portas também não pode insistir demasiado neste silêncio pérfido. O País precisa de ouvir o líder do CDS dizer claramente o que quer. Fica e negoceia? Ou bate com a porta e assume as suas responsabilidades?
Ambos, Passos e Portas, vão ter de se entender muito rapidamente e depois com o País, se isso ainda for possível. Como isto está, e se verá hoje nas ruas, a questão da legitimidade não se esgota no Parlamento. E mesmo aí, com os apelos de Cavaco Silva, perdão de Manuela Ferreira Leite, nunca se sabe...
António José Seguro, por seu lado, falou claro aos portugueses, sem rodeios. Não é habitual nos políticos portugueses e marcou pontos para dentro e fora do partido. Quem acha que o secretário-geral do PS é um político fraco está a ver muito mal..."

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