DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Governo vai sacrificar-nos lá fora

Texto de Daniel Deusdado hoje publicado no Jornal de Noticias.

"Recapitulando: o homem que chumbou o PEC IV de Sócrates por não haver um limite para os sacrifícios, acha hoje que os sacrifícios não têm limite. É sempre desagradável ser-se traído por uma verdade nas palavras que corresponde, afinal, à mais pura ignorância sobre as coisas. Porque se Pedro Passos Coelho conhecesse realmente a situação do país em 2011, não teria feito a campanha eleitoral que fez. Bastaria dizer: sou mais sério que Sócrates. E os apoiantes votavam nele na mesma porque já não podiam ver o outro nem pintado.
Frio e profundamente mal informado, Passos Coelho deitou o anterior Governo abaixo, num momento em que a fraqueza da Europa se agudizava ainda mais com esse gesto. E assim se assumiu a troika como inevitável.
Provavelmente não escaparíamos a um apoio "tipo troika" mas importa neste caso recordar o desejo clarificador de Passos há pouco mais de um ano: eleições, porque não adiantava perdermos tempo. E é exatamente esta lógica que faz sentido relembrar agora: manter este primeiro-ministro é perder tempo. Passos Coelho acentuou uma cruzada ultraliberal que não se julgaria possível ao PSD. Percebe-se cada vez melhor que não pretende salvar o país, mas sim vender o país sem precaver o futuro - na energia, nos aeroportos, na água, etc.. Pretende aumentar o emprego através de uma sistemática degradação dos salários como se este fosse o caminho para atrair investidores. E repare-se: os portugueses até aceitaram menos feriados, mais impostos sobre o trabalho e cada vez menos indemnizações por despedimento. Só não imaginavam que também seria necessário perderem uma parte do salário a favor das empresas.
Um empresário tem o dever/obrigação de tentar vender melhores produtos, procurar novos mercados, inovar, motivar as suas equipas e, dessa forma, evitar a falência. Uma empresa tem, em geral, recurso ao crédito e ativos para dar como garantia. Um trabalhador, sozinho, não pode dizer aos filhos para comerem só amanhã, não pode deixar de pagar a casa ou a luz. Não perceber a diferença entre a capacidade das empresas e a dos trabalhadores não é o grau zero, é mesmo abaixo de zero.
No fundo, precisávamos que o primeiro-ministro, o ideólogo Borges, o executor Gaspar, e depois a troika, o FMI e todos os que nos querem ameaçar com o cancelamento dos empréstimos, respondessem a uma coisa simples: os 7% de aumento na taxa social única são essenciais para abater o défice ou não? Se sim - com a famosa modelação que proteja os salários mais baixos - estou disponível para ficar sem eles (desde que sejam metidos onde devem, ou seja, na Segurança Social). Salvar Portugal exige muitos sacrifícios, não haja ilusões. Mas se não servem para essa recuperação (como é a proposta original da TSU), então não nos venham dizer que finalmente encontraram a fórmula mágica para criar empregos e reanimar a economia. Fazem-no à custa dos trabalhadores com menores salários da Zona Euro?
Esta tragédia é ainda maior porque não se vê como é que alguém vai explicar aos "mercados", ao comissário Rehn, ou aos senhores do FMI em Washington, que os portugueses afinal estão a virar "à grega". Obviamente ficam "gregos" se os empurram para uma medida absolutamente estúpida e ainda por cima têm um Governo que, em vez de os proteger, vai fazer queixinha deles... Querem submeter um país inteiro por causa da TSU? O mesmo país que ia aguentando tudo, estoicamente, em nome da responsabilidade e do futuro dos filhos e netos? O mesmo povo que até sábado era "extraordinário" e compreendia tudo?
Infelizmente a Espanha vai estoirar, a Grécia não se aguenta em pé, e quando a Europa estiver com estes países quase-cadáveres nas mãos, talvez perceba que tem de nos dar mais tempo para o ajustamento, a juros mais baixos através da garantia do Banco Central Europeu. Porque Portugal tem de ser responsável pelas suas dívidas e ter a coesão necessária para sair desta emergência. Só não tem é de aturar gente que, em vez de reconhecer os seus erros, nos vai denunciar internacionalmente para salvar a carreira política. Sempre, claro, em nome do "interesse de país". No sábado percebeu-se que desta vez não vai ser assim."

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