DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Voltar atrás

Texto de João Cardoso Rosas, Professor Universitário, hoje publicado no "Diario Económico"

"Pode um Governo voltar atrás em decisões importantes e anunciadas com solenidade e, ainda assim, sair politicamente incólume? Claro que não.

Qualquer pessoa com um mínimo de experiência já percebeu que o caminho que o actual Governo tem pela frente, se é que tem algum, será sempre inclinado e para baixo. Este diagnóstico nada tem a ver com as preferências ou simpatias políticas de quem o faz. É apenas uma constatação factual da vida política.
No plano nacional, um Governo que assim actua passa a ser percepcionado como fraco e, nessa medida, torna-se o alvo preferencial de todo o tipo de contestações e chantagens. A partir de agora, sempre que o Governo tomar uma decisão que não agrade a algum sector - o que é inevitável - os actores políticos e sociais sabem que vale a pena pressionar até ao fim porque a cedência será sempre possível. No plano internacional, como se constatou já esta semana pelas reacções na imprensa económica anglo-saxónica, esta actuação do Governo é lida como um sinal claro da sua incapacidade para implementar as políticas públicas que decidiu e propôs à troika e, em última instância, para cumprir os compromissos internacionais do país.
Mas o problema não acaba aqui. Um dos ensinamentos mais antigos e permanentes da Teoria Política - vem desde Platão e do seu estudo da sucessão dos regimes políticos... - diz-nos que os Governos acabam não tanto devido à contestação externa, mas antes de mais devido à divisão interna (embora exista uma relação dialéctica entre ambas, claro). Ou seja, são as clivagens no seio do Governo, entre PSD e CDS, mas também entre ministros nomeados pelo PSD, que mais claramente ilustram, para quem quiser ver, o plano descendente em que este Governo se precipitou a si mesmo.
No futuro próximo, aliás, "voltar atrás" será uma espécie de lema deste executivo moribundo. Na política europeia, o único caminho que nos poderá ajudar a superar a crise é contrário àquilo que o Governo e o primeiro-ministro sempre defenderam. Este primeiro-ministro terá de dizer que, afinal, a intervenção do BCE é importante, afinal, o alargamento dos prazos do programa português é necessário, afinal, a ideia de ‘project bonds' e de ‘eurobonds', é mesmo bem-vinda, e por aí adiante.
Na política nacional, o primeiro-ministro terá de reconhecer que, afinal, os resultados do Governo na consolidação das finanças públicas não são os esperados, afinal, o rácio da dívida em relação ao PIB continua a crescer, afinal, a aposta no consumo e no investimento público (com fundos europeus) não pode ser abandonada, etc.
Para o actual Governo, "voltar atrás" é agora a única saída e, ao mesmo tempo, a redução a zero da sua credibilidade política."

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