DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A estupidez de Passos Coelho

O estúpido primeiro ministro que nos calhou em sorte, Passos Coelho, deu uma entrevista à TVI em que, mais uma vez, mostrou a sua enorme estupidez.
Para Portugal e os portugueses terem futuro é forçoso correr com ele e com os bandidos que o rodeiam para os rodapés da história, se não mesmo para os calabouços das prisões por roubarem e destruirem um País!
Ao contrário do que muitos comentadores de regime afirmam não há que ter medo de ir a eleições e da crise politica que dai podia advir.
Crise é ver as politicas de roubo e esbulho a destruir a esperança e a matar toda uma nação.
Há que devolver a voz ao povo mas compete aos eleitores não se deixarem seduzir novamente pelas mentiras dos maiores partidos, PSD, PS, CDS e tudo fazer para impedir que voltem a ter maiorias absolutas para formarem governos, governos esses que, dizendo-se legitimados pelo voto, rapidamente voltariam às mesmas práticas de sempre.
Abstenção e voto em branco não são solução por deixarem o poder de decisão na mão de outros.
Idealmente não deveria haver partidos mas, enquanto isso não acontece, há que ir votar e, de preferência, em partidos que até agora não têm tido expressão eleitoral.
Partido da terra, partido dos animais, até mesmo o MRPP, são boas alternativas para o voto popular dar uma pedrada no charco da politica nacional.
Não é difícil de imaginar o descalabro que seria para os "partidos de governo" se, de repente, 20 ou 30% dos deputados no parlamento fossem desses partidos não alinhados.
Há que ir a eleições, sim, mas antes há que provocar a queda de Passos Coelho e tem de ser JÁ, porque amanhã pode ser tarde demais!
Eis aqui algumas reacções à estupidez de Passos Coelho.

Obviamente

Texto de Fernanda Câncio hoje publicado no Diário de Noticias.

"O que é que deve levar à demissão de um primeiro-ministro que dispõe de uma maioria, se não estável, pelo menos que, com maior ou menor algazarra, protesto e ranger de dentes lhe viabiliza o Governo?

Não há de ser por, como já vi Soares dizer e escrever, porque lhe chamam gatuno na rua. Nem por, discurso sim discurso sim, evidenciar que quando distribuíram a sensibilidade andava de fisga às andorinhas (e ainda pergunta, o pobre, se tem um problema de comunicação); ou por sonhar com um país do homem-novo, onde toda a gente cria empresas em loop, sem salário mínimo nem "direitos adquiridos", e o Estado é um guichet para sem-abrigo.

Não será por assinar textos lacrimosos no Facebook - logo ele, que chama piegas aos portugueses -, por dizer que não se preocupa com a contestação porque as manifs portuguesas são pacíficas, nem sequer por (ainda que nos ferva o sangue) defender que "o desemprego é uma coisa por que infelizmente temos de passar". Tão-pouco por humilhar com gosto parceiro de coligação e presidente - não se pusessem a jeito.

Nem há-de ser por ignorar as censuras e avisos dos barões do partido, por passar a vida a mandar as culpas de tudo e um par de botas para o antecessor, ou por dizer que não é de fazer promessas - quando faz tantas e tão contraditórias que ninguém, muito menos ele, se pode lembrar de todas.

Nada disso. A demissão de um primeiro-ministro é algo de muito sério. Não se exige por desfastio, ao não lhe irmos com a cara ou as ideias, mas só e apenas quando se torna claro que é incapaz e indigno. Quando fica evidente que chegou ao poder através de um colossal e calculado embuste, negando o que tencionava fazer (Catroga, um dos autores do programa do PSD, revelou agora que o aumento de impostos foi rasurado do documento). Quando anuncia medidas incendiárias num dia para as retirar semana e meia depois; quando todas as suas previsões - todas, sem exceção - falham sem que sequer o admita ("tenho noção da realidade", escandaliza-se ele). Quando aumenta brutalmente os impostos e, perante o que todos menos ele e o seu Gaspar previam, a queda da receita fiscal, fala de "surpresa orçamental" - para a seguir voltar a fazer o mesmo, em pior. Quando toma medidas inconstitucionais e a seguir se queixa do tribunal que lho diz e o culpa por ter de tomar mais - e mais inconstitucionais. Quando se recusa a aproveitar a aberta da Grécia e a renegociar o acordo com a troika, mas não se incomoda em rasgar todos os compromissos assumidos com os eleitores e se prepara para, após anunciar a venda ao desbarato de todos os ativos nacionais, trucidar até o pacto social que funda o regime.

Demite-se um PM quando é mais danoso para o País mantê-lo no lugar que arriscar outra solução, por fraca e incerta que pareça. Quando cada dia que permanece no lugar para o qual foi eleito cria perigo para a comunidade. Demite-se um primeiro-ministro quando é preciso. É preciso. "


Um tiro ao lado

Texto de António Costa , Director, hoje publicado no "Diário Económico"

"Pedro Passos Coelho decidiu dar uma entrevista à TVI para encerrar a discussão sobre o Orçamento do Estado para 2013, para repetir a profissão de fé num caminho em que nem a maioria parlamentar do PSD e do CDS acreditam, mas acabou por abrir uma caixa de Pandora impossível de controlar e que pode minar um debate absolutamente necessário, o da reforma do Estado.

O primeiro-ministro não acrescentou nada de relevante em relação ao que se ouviu nos últimos dois meses sobre a proposta de Orçamento para o próximo ano, aprovada 24 horas antes. Sublinhou os progressos do ajustamento que, necessariamente, seria doloroso em qualquer circunstância, porque empobrecer custa, empobrecer é caro. Seria injusto reduzir os progressos a nada, até porque se vivemos pior, é certo, vivíamos a crédito. Mas essa virtude já os portugueses conhecem, e aceitam. Mas querem mais, querem futuro que o Orçamento do Estado para 2013 não dá. Compra tempo à ‘troika', à espera de uma solução europeia, e isso percebeu-se da entrevista de Passos Coelho. Que, garante, nos levará vivos ao paraíso.

A reforma do Estado, que começou por ser a refundação do memorando de entendimento com a ‘troika', acabou por esmagar tudo o resto. Os portugueses já não querem ouvir falar de 2013, que ainda nem começou, mas dispensavam bem a forma como o primeiro--ministro decidiu abrir a discussão sobre a reforma do Estado. Este tema exige discussão, e não é razoável exigir mais tempo para o fazer e criticar o Governo e Passos Coelho por fazê-lo. Mas exigiam-se balizas, contexto, objectivos. E nada disto se viu e ouviu.

Pedro Passos Coelho tem razão - e António José Seguro não - quando afirma que a correcção dos desequilíbrios orçamental e externo tem de passar por escolhas. E as escolhas têm de passar, necessariamente, pelas áreas sociais e pelas despesas com pessoal que valem cerca de 70% da despesa corrente primária. Outro caminho - a existência de territórios sagrados, como dizia ontem João Soares - é apenas demagogia e notícias nas televisões quem permitem ganhar apoios partidários mas não resolvem problemas estruturais. Não há terrenos sagrados, há sustentabilidade, ou não.

Dito isto, Passos Coelho teria de ter um modelo a apresentar e não apenas ideias soltas, que têm caminho além da Constituição. O caso da educação é paradigmático. Este processo ainda nem começou - ficou a saber-se que o Governo ‘disponibiliza' seis meses e não três para a discussão pública e política - e já o ministro da Educação, Nuno Crato, foi obrigado a clarificar o que o primeiro-ministro quis dizer. Não augura nada de bom.

O primeiro-ministro conseguiu pôr o País a discutir sobre nada e a especular sobre tudo. E, como dizia um anterior chefe de Governo, não terá uma segunda oportunidade para apresentar uma primeira boa proposta de reforma do Estado.
A forma e o conteúdo andam de mãos dadas. Passos Coelho errou nas duas e permitiu que o PS, pela voz de Carlos Zorrinho, fizesse uma ameaça velada, que não disfarça a tentação do PS de provocar eleições antecipadas: o Governo não tem legitimidade para fazer mudanças no financiamento da educação."


Sem saída

Texto de Pedro Bacelar de Vasconcelos hoje publicado no "Jornal de Noticias"

 "Oh vós que entrais, perdei toda a esperança", esta frase inscrita à porta do Inferno - segundo a "Divina Comédia", de Dante Alighieri - resume a mensagem que o primeiro-ministro transmitiu aos seus concidadãos, na entrevista concedida à TVI, na noite da passada quarta-feira.

Nem as previsões erradas, os fracassos consumados das medidas adotadas, as consequências desastrosas já evidentes no quotidiano das pessoas e na vida das empresas, nem o clamor de protesto que cresce das ruas, nada irá alterar o rumo suicida da sua governação. Ficamos a saber que, se o orçamento para 2013 já parecia muito mau, o orçamento de 2014 não irá ser melhor. Que até fevereiro, o Governo vai ouvir o FMI, o Banco Mundial e a OCDE sobre as medidas que pretende aprovar para cortar 4 mil milhões de euros na despesa pública, a título permanente, mas que entre fevereiro e junho irá ouvir a sociedade civil sobre a reforma do Estado... presume-se, para eventuais acertos contabilísticos! A desorientação do Governo, manifestamente, parece não ter limites.

A crise da moeda única vem sendo agravada pela insuficiência das medidas adotadas pela União Europeia, o que, como sabemos, condiciona a nossa capacidade de resposta à ameaça comum. Todavia, em vez da exigência óbvia de maior solidariedade europeia, ficamos a saber que a principal iniciativa tomada pelo Governo no âmbito da União foi reclamar que também Portugal e a Irlanda pudessem beneficiar de qualquer melhoria eventual das condições do resgate aprovado para a Grécia. A mesquinhez e o cinismo parecem não ter limites!

A coesão do Governo, a consistência da coligação partidária que lhe garante o apoio maioritário no Parlamento e a "excelência" das relações institucionais com o Presidente da República foram teimosamente reiteradas, mas apenas enquanto "convicção", pelo primeiro-ministro - quando, na verdade, se multiplicam os sinais de incomodidade e profunda divergência no interior do Governo, na coligação e no Estado. Não era difícil de prever que o Governo não chegaria ao fim da legislatura mas ninguém esperava tamanha obstinação e indiferença perante os sacrifícios insuportáveis e os danos irreversíveis desta "austeridade a todo custo" que está a destruir o país. O grau de deterioração da credibilidade do Governo atingiu um ponto irreversível e já não se cura com panaceias de remodelação governamental. Não há, por isso, outro caminho para travar essas políticas senão a demissão do Governo e a negociação urgente de outra fórmula e de um novo programa governativo, no quadro da atual Assembleia da República, que seja capaz de lhe assegurar o apoio maioritário de que carece.

Embora lhe caiba nomear e demitir o Governo, dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas - em certas e contadas circunstâncias! - a "governação" não faz parte das atribuições do Presidente da República. É, antes do mais, aos dois partidos da coligação que cabe reconhecer o falhanço desta experiência de governação e, por conseguinte, a responsabilidade política de procurar uma solução alternativa capaz de gerar solidariedades mais vastas na sociedade portuguesa e uma intervenção enérgica e autónoma na União Europeia.

O arrastamento da crise política ou a dissolução do Parlamento não podem ser considerados, nas presentes circunstâncias, como uma alternativa desejável. Para além do estafado argumento da previsível "reação dos mercados" - todavia bem real - convém não esquecer que nos encontramos ainda no âmbito temporal da legislatura iniciada pelas eleições de 2009! Se o país entrasse num ciclo vertiginoso de eleições - ano sim, ano não - estaríamos a queimar etapas para alcançar a Grécia numa maratona de adversidades e tormentos que nem mesmo os gregos nos desejam, apesar de todas as provas de falta de solidariedade que lhes temos dado. Estaríamos a desqualificar a democracia, a degradar o valor da legitimação democrática e a comprometer seriamente as conquistas constitucionais da revolução de abril. É tempo de cada um assumir as responsabilidades que lhes foram confiadas pelos eleitores e de o primeiro-ministro dar o exemplo e abrir o caminho da sucessão."


Coelhinho suicida

Texto de Leonardo Ralha, Editor de Cultura & Online, hoje publicado no Correio da Manhã

"Os portugueses mais sádicos ou com um sentido de humor retorcido sabem do que trata ‘O Livro dos Coelhinhos Suicidas’. Para os outros, eis a sucinta descrição: é uma colectânea de cartoons nos quais coelhos adoráveis põem em marcha os planos mais requintados para atentarem contra a própria vida.

Alguns desenhos do britânico Andy Riley, capazes de traumatizar qualquer criança que receba este presente de um familiar distraído, envolvem mortes por esmagamento, electrocussão ou empalamento. Mas nenhum chega aos pés daquele em que o coelho se prepara para lançar um bumerangue ao qual atou uma granada.

Dir-se-ia que o cartoonista adivinhou, muitos anos antes, que existiria um primeiro-ministro, cujo último nome faz lembrar as suas personagens, imbuído de uma pulsão para o suicídio colectivo da economia portuguesa, arrastada para uma espiral de desemprego e falências à medida que os consumidores vêem desaparecer o seu rendimento, numa teia fiscal que o próprio Passos Coelho admitiu ser insuportável na entrevista que deu à TVI.

O coelhinho suicida está a lançar o bumerangue com a granada atada. Pena é que estejamos todos atrás dele."

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